quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Bom dia vida!



Sou uma chata de uma optimista, pode estar a cair a casa que eu digo, “calma, vamos pensar numa solução”. Em todos os momentos desesperantes da minha vida, que graças a Deus contam-se pelos dedos de uma mão, que chegam e sobram, mantive uma calma, desesperante para os demais, e melhor ainda (pior para os stressados por natureza), dei sempre a volta à questão e consegui ver o lado positivo da tragédia.

Não, não vejo o mundo em azul-bebé com pintas verde-alface, não sou irrealista, não vivo num mundo à parte perfeito e belo. Pelo contrário vivo a minha vida com veracidade, contudo não me deixo ir abaixo com insignificâncias, e encaro sempre o lado positivo de cada história, de cada pessoa, de cada momento. Quero lá saber se há muito trânsito, ou se planei uma ida à praia e está a chover a potes, ou se adoro aquele par de sapatos, mas já não existe o meu número. O exterior não interfere na minha felicidade, apenas o aceito.
É verdade que nem sempre foi assim, conquistei aos poucos este estado de consciência em que vivo. Mudei a minha opinião acerca de Deus e do mundo quando há sete anos Ele enviou uma doença gravíssima, mortal para a maioria dos pacientes, a uma das pessoas que mais amo e a que mais admiro. Contudo, ainda esta manhã tomámos o pequeno-almoço juntos e percorremos o caminho para o trabalho a rir das peripécias do meu filho, o seu neto mais querido, o seu putinho.

Quando penso porquê que Deus ofereceu um cancro pulmonar ao meu pai dez anos após o ter presenteado com um na garganta, acredito que foi a única forma de nos abrir os olhos, de fazer um reset na nossa mente, de nos achocalhar as ideias e o coração. Foi como se nos desse um calduço e dissesse: “é pá deixem-se de merdas, amem, acarinhem e gozem a família fantástica que têm, respeitem-se, olhem que esta vida acaba depressa por isso aproveitem ao máximo a companhia uns dos outros e sejam felizes, caramba!” Recebi esta mensagem numa daquelas noites, em que chorava baixinho deitada na minha cama, enquanto ouvia o meu pai a vomitar as entranhas depois de levar uma dose da bem dita quimioterapia, que juntamente com as minhas preces e o optimismo da minha mãe nos ajudou a salvar a vida do meu pai. Depois disso percorri um longo caminho de busca, e ainda o percorro diariamente, nem sempre preenchido de certezas, especialmente quando me deparo com a infelicidade, a falsidade e a inveja alheia. Mas quando olho para trás, quando encaro o meu presente e quando penso no meu futuro, só posso agradecer a Deus, por tudo o que me deu. Sou uma miúda de sorte, tenho uma boa estrela, não tenho motivos para encarar a vida de forma pessimista, tenho tudo o que desejo, sou amada, sou desejada, tenho uma família linda e cheia de saúde, um filho lindo e saudável, adoro o que faço, adoro escrever e até tenho dinheiro para comparar um lindo par de sapatos sempre que me apetece. Quando penso em todas estas coisas e em tantas outras alegrias, julgo não ter sequer o direito em me chatear com as pequenas indisposições que Ele nos envia para nos testar. E olhem que a mim…, testa-me todos os dias!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Planos Furados


Pois é, já devia ter aprendido a lição, e não fazer planos quando o meu Di faz parte desses mesmos planos, e a verdade é que faz sempre. O rapaz pequeno é a personagem principal da minha vida. 

Resumindo, este fim-de-semana estava convencidíssima que ia descansar muuuuitooo, dormir muuuiiiitoooo (hoje em dia 8 horinhas é mais do que bom), pôr a leitura em dia, alapar o rabo no sofá e não mais o tirar de lá a não ser para responder às minhas e às necessidades básicas da minha cria, mas nãooooo. NÃO aconteceu nada disso. O meu Di ficou com uma tosse infernal que o atacava especialmente quando estava deitado e não dormiu nem isto, nem uma pontinha, nem de noite nem de dia. Irra, maldita tosse que não largava o meu pirralhinho. Passei as noites em claro com o meu Di ao lado, ora vira para lá, ora vira para cá, couf, couf couf, mais uma biqueirada nas minhas costelas, destapa-se, couf, couf, couf e agora quase que cai da cama, “e agora é que eu arranjei uma bela posição, aiii como eu adoro deitar-me em cima da minha mamã, estou mesmo bem, vou dormir um bocadinho enquanto ela zela pelo meu soninho.”

Adoro quando o meu Di adormece em cima de mim bem coladinho ao meu coração, cujo bater só ele conhece profundamente, tem este hábito desde que nasceu, mas a verdade é que eu não consigo pregar o olho com ele nesta posição, tenho medo de me virar e o magoar, então passo o tempo que ele dorme em silêncio abraçada a ele, a sentir-lhe o cheirinho dos cabelos fininhos, que de quando em vez me fazem cócegas no nariz. Aproveito para fazer planos a longo prazo, (sim, porque eu cá é que não sou parva, já não me engana mais nenhuma vez, pelo menos até me esquecer da última J), e até faço a lista de compras para a semana. Mas essencialmente agradeço. Agradeço a Deus o melhor que algum dia recebi, este filho que amo tanto, e que me faz tão feliz.

Deixa lá dormes para a semana! – penso satisfeita abraçada ao meu maior amor.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Vem aí o fim-de-semana

Há muito que não desejava tanto um fim-de-semana como este. Preciso de descansar, dormir e curar este início de constipação que se avizinha. Vou meter as pernas a caminho do meu lugar de eleição e dar muitos miminhos ao meu amorzinho pequenino e receber outras tantos do meu amor grande. Matar as saudades e carregar baterias para mais uma semana que se adivinha cheia de saudades, sem ele ao meu lado todas as noites.

Coisas do Sr Di, meu rebento.


Ontem o meu Di estreou-se no Circo. A educadora diz que nunca largou o seu ar muito sério e observador, nunca tirou os olhos do leão que estava no topo da arena, (não fosse dar-lhe a travadinha e ter que ser ele a domá-lo com o seu rugido e com a mãozinha canina em riste: dah, dah, dah… Sim, tenho para mim que o meu filho seria capaz de amedrontar a fera mais perigosa do planeta e com um simples “dah, dah, dah” meter-lhe o rabinho entre as pernas) , e não achou muita graça quando o palhaço atirou com uma mão cheia de pipocas para cima dos coleguinhas que estavam ao lado dele.

Coisas do meu Di que não dá confiança a mal vestidos. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O meu grande amor pequenino


Com o meu filho obtive o maior dos ensinamentos da vida. Não importa a raça, mãe é mãe! Protege, luta, acarinha, castiga, defende, mima, tudo em prole deste amor incondicional que vai para além do Além.  

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Momentos da coisinha mais fofita de su mamacita.


Ontem depois do jantar o meu Di resolveu investir sobre os presentes de Natal que se encontravam debaixo da árvore de Natal.

- Não mexe filho – disse-lhe.
- Dah, dah, dah – respondeu-me chateado de mão em riste a apontar para os ditos presentes.
- Olha mãe o Di já rasgou o papel do embrulho de um deles, por isso se já não é surpresa, já pode abrir. Não é putinho? – Disse o avô conivente com a malandragem.
- Não, não é. Se faz favor arruma o presente onde estava senhor Di – insisti.
- Nã, nã, nã – respondeu-me.
- A mamã está a dizer para arrumar –ralhei.
- Deixa putinho, esse cão é um rafeiro muito feio – disse o avô a referir-se ao Pluto que já tinha o focinho todo de fora do papel colorido. No Natal o avô embrulha a Nini (a nossa cadela de carne e pêlo) e oferece-ta. É muito mais gira. Até faz chichi e tudo. Deixa não ligues a esse rafeiro feio.

E eu posso lá com estes dois pestinhas? LOL

Família = Amor


Adoro as noites em que nos juntamos, em que nos sentamos para partilhar alegrias e amor, em que me reúno com os meus com aqueles que nunca me falharam e que nunca nos desampararão, aqueles que amo e que me amam. Os meus pais, avós galinha do meu filho. Os que me adoram os que amam de todo o coração o meu bebé pequenino, mais fofinho do mundo. Os avós mais queridos do meu filho, aqueles o fazem chorar quando nos dizem até amanhã e mesmo que seja apenas um par de horas de ausência, são o suficiente para já termos imensas saudades e vontade de estar com eles de novo. 

Não me canso de ouvir esta Senhora.



 Linda e talentosa. Absolutamente Fantástica.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O nosso trio





Ontem à noite o trio completou-se. Fico sempre tão feliz com o nosso reencontro, tão desejado desde o momento da despedida. Por momentos esquecemos as saudades dolorosas que nos magoam o coração e que fazem os nossos dias mais cinzentos, rezamos para que o tempo se arraste e os dias se prolonguem por tempo indefinido. Nos próximos dias, esquecemos que estas saudades se repetirão para a semana, para a outra, para a outra e para a outra também. Deixa cá ver, ah e para a outra também, e para a outra… até sei lá quando. O que nos vale são estes momentos juntos de partilha de carinhos, de amor e de afectos. Felizes, como só nós os três o somos. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Coisinha mais fofinha de su mamacita


O meu Di é um docinho. Meiguinho, simpático, como ele só e beijoqueiro como a mãe, enfim uma infindável porção de características adoráveis que me deixam derretida e orgulhosa deste biscoito mais fofinho do meu mundo. Mas quando o rapaz pequeno sai dos eixos e se transforma num pequeno rebelde, que Deus me acuda e me dê muuuuita paciência.

Ontem no Shopping depois de o sentar em todos os carrinhos eléctricos que lhe apeteceu por mais de meia hora, fez a maior birra alguma vez vista na história da humanidade infantil, quando lhe disse que já chegava porque estava na hora de irmos papar. Chorou, gritou, “nã, nã, nã…”, esbracejou, bateu-me, mordeu-me, deitou-se no chão, arrastou-se pelo chão. Uma vergonha, isso sim. Os olhares reprovadores de quem passava deixavam-me sem saber o que fazer com aquele pestinha. Com vontade de enfiar a minha cabeça dentro de um saco preto, peguei-lhe ao colo e levei-o a esbracejar até ao carro.

- “Má, má, má…” Chamava-me aquela minorca de palmo e meio.

- “A mamã não é má tu é que te estás a portar muito mal. Isso sim.” – Respondi-lhe evitando vociferar “mau és tu, meu pestinha”. Li num livro que não se deve chamar más às crianças, ficam traumatizadas e quem sabe, capazes de se transformarem em verdadeiros delinquentes juvenis. Enfim, nada melhor do que prevenir.
Quando o sentei no carro:

 – “Mãim, mãim, mãim.” – Chamou-me, agarrou-me o rosto com as suas mãozinhas pequeninas e beijou-me.
- Gostas da mamã?
- Tim. (tradução: Sim)
- A mãe está triste contigo.
- Tim.
- Portas-te bem?
- Tim

Ohh pá e lá existe coração que aguente uma fofura destas sem se derreter?!