segunda-feira, 3 de outubro de 2011

7 Meses Passados

Vieste antes do tempo sem data nem hora marcada. Ocupaste o teu lugar sem avisar, apareceste assim do nada. Usurpaste-me os planos, as viagens, os serões, as leituras, o tempo, esse bem precioso, que despendia conforme me apetecesse, sem horários nem urgências. As horas de dolce far niente, que ainda queria gozar.
Nunca mais nada será igual e o tudo, esse, já é diferente. Foi substituído por algo muito mais importante e valioso; por este amor, não à primeira vista, (pois não gostas de clichés!), mas ao primeiro toque. Apaixonei-me por ti quando ainda só te sentia dentro de mim a pulsar de energia viva e exuberante. (Sim, ainda eras um grãozinho de gente, mas cedo demonstraste o teu carácter destemido, decidido, simpático e enérgico), e morri de amores quando ainda escorregadio me vieste parar aos braços.
É arrebatador o prazer que tenho em contemplar o teu sorriso singular e deliciosamente viciante que me eleva ao mais alto apogeu e me aconchega a alma, é indescritível a alegria que tenho quando estou perto de ti, o gozo que me dá partilhar cada nova vivência,  deleito-me com cada gracinha, cada traquinice, cada gargalhada. Ver-te, sentir-te, tocar-te, ouvir-te e poder admirar cada traço do teu rosto imaculadamente perfeito faz-me estupidamente feliz, prepara-me para enfrentar mais um dia, mais uns anos, mais uns séculos, ou qui ça, mais uma vida, se assim for o caso, e para quem acredita.
Afirmo com a firmeza destemida só própria de quem é mãe, que não alteraria nem um ponto da minha vida, da nossa vida. Se não tiver tempo para escrever mais do que um post por mês não me importarei, se não adiantar qualquer página ao meu ambicionado e caduco livro não farei caso. Estou ocupada a viver o capítulo mais feliz da história da minha vida, cujo protagonista és tu!
Ver-te crescer é o melhor presente que a vida me pode dar.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os meus internautas favoritos!!

Contemplar um cenário destes logo pela manhã, é maravilhosamente irresistível!
Que abençoada que eu sou!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tal e qual a mamã!


Nada melhor, para relaxar, do que um bom livro enquanto nos embalamos na brisa da tarde.
Assim é que a mamã gosta!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

16 FEVEREIRO 2011 3:55 AM


Vinte seis horas após dolorosas contracções e fortes emoções, senti o seu cheiro inebriante enquanto lhe acariciava a cabecinha. Examinei cada pedacinho do seu corpo pequenino e quente, enroscado no meu, enquanto me sugava o peito com voracidade e sussurrei-lhe: “Amo-te muito”.
Neste nosso primeiro encontro, cara a cara, jurei-lhe amor eterno. Rezei até ser dia e agradeci a Deus, uma, duas, três, quatro, cem, mil, um milhão de vezes, por esta dádiva inestimável. Foi tão mágico aquele nosso primeiro encontro, em que, finalmente, o senti nos meus braços e pude perscrutar o seu rostinho pequenino, redondinho um tudo-nada parecido com o meu.
Sei que soa a cliché, mas é a verdade e não me importo de repeti-lo até à exaustão. Sim, este foi o dia mais importante da minha vida e jamais esquecerei cada segundo vivido. O seu nascimento assinala a minha vida com um antes e um depois. O que anteriormente era relevante hoje já não tem tanta importância assim. A vida passou de um calórico e unhealthy refrigerante para uma refrescante e saudável limonada, o sol passou a brilhar todos os dias no parapeito da minha janela onde outrora, de quando em vez, prevalecia a tempestade e a monotonia. As prioridades redefiniram-se e a minha própria vida, que deixou de ser só minha, para passar a dividi-la com este pequeno GRANDE Ser, que tanto amo, tem um outro sentido, uma importante e saborosa razão de ser.
Amo-te tanto!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Os toscos lutadores de Wrestling desta vida.

Aquando a adolescência namorei com o mauzão do colégio. O tipo que todas as miúdas desejavam e que todos os miúdos temiam. Não era respeitado, pelas suas aptidões intelectuais ou pela sua inteligência, que diga-se de passagem era deveras escassa, tendo em conta a pauta em cada final de trimestre. Não era bom na resolução de equações, nem tão-pouco na execução de composições. No que ele era mesmo bom, mas mesmo bom, assim tipo expert, era na porrada. Aí sim o tipo esmerava-se. Arranhava a cara ao adversário, pespegava-lhe pontapés e caneladas, nem que para isso também ele tivesse de ficar com os dois olhos negros. Mas o outro não se safava! Este tipo estava para a porrada como o Einstein para a ciência. Tal e qual!

Era à custa deste dote grotesco de lutador de Wrestling que conquistava as miúdas obcecadas com os seus abdominais bem trabalhados e os seus braços firmes e fortes, mais do que com os seus fracos piropos. Era uma alma fraca, com o qual namorei uma mão cheia de anos. Sim, é verdade que dei cinco anos da minha vida a este Wrestler tosco, que se borrou de medo em cada uma da meia dúzia de vezes que encarou o meu pai. Eu que nunca fui chegada a violências acenei afirmativamente a este namoro com o intuito de fazer pirraça a um grupinho irritante de miúdas com a mania que eram as boazonas do liceu. E depois veio a pena. A puta da pena. Esta cabra que nos fo#@& o coração e nos deixa a alma em frangalhos. Tinha pena de o tipo ser oriundo de uma família disfuncional, em que o pai metia os palitos à mãe que por sua vez não batia bem da bola, em que a irmã não se aguentava nas canetas, tão grande era a permanente moca em que vivia, onde cada um grunhia e gesticulava ao invés de dialogar, onde não existia dinheiro para uma refeição decente, mas havia sempre cem ou duzentos euros para pagar de conta do telefone, e até onde o cão tinha o seu quê de maluco. Depois da pena veio a estúpida da determinação de querer mudar o mundo. E porque não começar por aquela alminha perdida? Quis fazer do tipo um homem honesto, trabalhador e íntegro. Não o podia abandonar assim sem eira nem beira! O que seria dele? E lá vinha a puta da compaixão lixar-me outra vez o coração.

Felizmente a minha mãe com toda a sua astúcia, e apesar da sua ignorância acerca das raízes deste palerma, achava que duas ou três horas semanais ao Domingo na sua companhia eram as suficientes para se chamar a isso de namoro. Conclusão, espremendo esses cinco anos não passei mais do que alguns meses na sua companhia. Contudo, esse namoro chegou ao fim, não devido à conveniente participação intervencionista e regrada dos meus pais, mas devido à minha evolução pessoal e profissional.

Felizmente, a vida proporcionou-me várias experiências e deu-me a conhecer novas realidades, que me fizeram acreditar que a minha vida não tinha que se cruzar mais com a daquele troglodita. Fez-me acreditar que é necessário algo mais do que pena, compaixão, determinação e até mesmo do que o amor (inexistente nesta história) para uma relação sobreviver. É preciso acima de tudo, falar a mesma língua, dividir ambições e lutar pelos mesmos objectivos, partilhar a mesma educação, debater os mesmos temas, gostar dos mesmo filmes e apaixonarmo-nos pelo mesmo livro.

Tenho para mim a incompatibilidade de relações cujos seus interpretes não compitam no mesmo campeonato, que não pretensão ao mesmo escalão social, (que nada tem a ver com o económico), que não dividam os mesmos códigos de honra e de conduta e que não oiçam a mesma canção, tal como afirma o Rui Veloso no seu poema. Pior do que isto, só se um deles palitar os dentes ao final de cada refeição.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Gosto de escrever...

... sobre histórias de amor; gosto de escrever sobre dias felizes e primaveris; gosto de escrever sobre a minha felicidade e a felicidade alheia. Gosto especialmente de escrever em manhãs quentes e ensolaradas como a de hoje, a de ontem e a de amanhã. Gosto de escrever nos dias em que acordo com o som dos pássaros a chilrear no parapeito da janela do nosso quarto e do cheiro da terra a secar depois de uma semana de intensa chuva. Inspiro-me nos movimentos do meu bebé que dentro de mim procura a posição mais confortável e inspiro-me no meu amor por ele e pela nossa pequenina família. Gosto de escrever sobre os meus desejos e sobre os sonhos que juntos - eu e o meu amor - partilhamos e que passo a passo vamos alcançando um atrás do outro. Inspiro-me num Je ne sais quois qualquer que habita a sua personalidade e me faz sentir a mulher mais feliz do planeta. Inspiro-me no amor a tudo e a nada. Inspiro-me no amor em geral. Inspiro-me no meu amor por eles. Inspiro-me no meu amor pelos conhecidos e pelos desconhecidos, também. Não gosto de escrever sobre temas amargos, tristes e deprimentes. Talvez por ser supersticiosa e acreditar nessas teorias novas, que para mim fazem todo o sentido e que quando testadas parecem não falhar. Mas, existem momentos mais fortes do que a minha boa vontade de ver o mundo pintado de azul-bebé ou filtrado pela visão entusiástica do papel de parede às riscas que forra e alegra o quarto que aguarda a chegada do nosso filho. Existem momentos energicamente negativos, que me arrancam do meu mundo perfeito composto de realidades e pensamentos felizes e radiantes, que me chutam, que me sufocam e que me afundam numa realidade pessimista e depressiva. Nem sempre tenho forças para me desenvencilhar desse pessimismo depressivo e muitas vezes dou por mim a caminhar nesse embalo morno e tranquilamente manhoso que me arrasta para um fosso sem fim à vista. Até que, subitamente, travo bruscamente, insiro novos dados no GPS que me guia o coração e meto uma nova mudança na minha mente. Troco o pessimismo pelo optimismo, o rancor pelo amor, e vomito toda a negatividade sobre o teclado do meu computador. Às vezes escrever sobre a merda que nos rodeia tem o mesmo efeito laxante que uma Água das Pedras. Purifica-nos e desanuvia-nos, não o estômago, mas a alma. E por este motivo, abro algumas excepções e nem sempre escrevo sobre o Amor, também escrevo sobre tudo e sobre nada. Mas hoje está uma manhã ensolarada por isso vou deixar-me de merdas e pensar em alegrias.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Que orgulho que tenho de ti!

Admiro a tua resistência aliada à generosidade e simpatia que tão bem caracterizam a tua personalidade e que fazem de ti o mais afável dos seres.
Admiro a tua honestidade e integridade sempre de mãos dadas com a amabilidade e a cordialidade
Admiro até a tua tenacidade tantas vezes confundida com teimosia, - e que tantas e tantas vezes já me esgota a paciência -, mas que graças a ela estamos unidos, para sempre, nesta e noutras vidas.
Aprecio a tua calmaria ponderada que abranda e suaviza a minha impetuosidade temerária sempre pronta a travar novas batalhas. E sim, gosto de viver sobre a alçada protectora e apaziguadora da tua personalidade polida e cortez..
Contigo a vida tem outro sabor. Os sonhos sabem a realidade e a conquista e o amor, esse grande tema, esse sem dúvida, tem o teu sabor.
Dizem que a vida é dos que resistem e arriscam, dos que sonham e vão em frente na persecução dos seus objectivos, sonhos, desejos e fantasias. Então meu caro grande amor devo-te dizer que a vida é tua; a vida é minha; a vida é nossa e que unidos ponto a ponto conquistamos cada capítulo desta nossa autobiografia.
Sabe-me tão bem ter-te junto a mim.