Vieste antes do tempo sem data nem hora marcada. Ocupaste o teu lugar sem avisar, apareceste assim do nada. Usurpaste-me os planos, as viagens, os serões, as leituras, o tempo, esse bem precioso, que despendia conforme me apetecesse, sem horários nem urgências. As horas de dolce far niente, que ainda queria gozar.
Nunca mais nada será igual e o tudo, esse, já é diferente. Foi substituído por algo muito mais importante e valioso; por este amor, não à primeira vista, (pois não gostas de clichés!), mas ao primeiro toque. Apaixonei-me por ti quando ainda só te sentia dentro de mim a pulsar de energia viva e exuberante. (Sim, ainda eras um grãozinho de gente, mas cedo demonstraste o teu carácter destemido, decidido, simpático e enérgico), e morri de amores quando ainda escorregadio me vieste parar aos braços.
É arrebatador o prazer que tenho em contemplar o teu sorriso singular e deliciosamente viciante que me eleva ao mais alto apogeu e me aconchega a alma, é indescritível a alegria que tenho quando estou perto de ti, o gozo que me dá partilhar cada nova vivência, deleito-me com cada gracinha, cada traquinice, cada gargalhada. Ver-te, sentir-te, tocar-te, ouvir-te e poder admirar cada traço do teu rosto imaculadamente perfeito faz-me estupidamente feliz, prepara-me para enfrentar mais um dia, mais uns anos, mais uns séculos, ou qui ça, mais uma vida, se assim for o caso, e para quem acredita.
Afirmo com a firmeza destemida só própria de quem é mãe, que não alteraria nem um ponto da minha vida, da nossa vida. Se não tiver tempo para escrever mais do que um post por mês não me importarei, se não adiantar qualquer página ao meu ambicionado e caduco livro não farei caso. Estou ocupada a viver o capítulo mais feliz da história da minha vida, cujo protagonista és tu!
Ver-te crescer é o melhor presente que a vida me pode dar.