segunda-feira, 18 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Coisas de filha
Hoje duas das pessoas que mais amo e prezo fazem 40 anos que ataram
os laços das suas vidas. Tenho a certeza que farão tantos mais anos quantos
aqueles que viverem. Há 40 anos que vivem um amor incondicional e uma amizade
plena e verdadeira, digna da inveja, até de Adão e Eva ou de Pedro e Inês.
Apesar dos feitios invulgares e pouco fáceis, lá se vão entendendo, e
caminhando a par e passo numa vida que nem sempre fora fácil, combatendo as
vicissitudes e as maleitas que se avizinharam, dando lugar ao amor. Tenho um
orgulho imenso nesta relação tantas vezes conturbada e discutida, (mas lá diz o
ditado que casa que não ralhada não é bem governada) nem sempre exemplar, mas
que pode servir de exemplo. Gostava de poder dar ao meu filho tudo o que este
magnifico casal me deu e me proporcionou, mas gostava, especialmente, de lhe
mostrar que os avós não são uma exceção. Que os casamentos podem e devem durar,
que apesar das diferenças, dos antecedentes e dos ascendentes, fomos feitos essencialmente
para amar. Que podemos sobreviver comendo sopa todos os dias, que podemos
sobreviver num T0 mais pequeno que uma caixa de fósforos, que podemos
sobreviver sem roupas ou ténis de marca, e toda essa parafernália materialista, mas
que, nunca, jamais conseguiremos sobreviver sem amar.
Parabéns aos meus pais. Amo-vos do fundo do meu coração. Obrigada por tudo.
Coisas de mãe
O meu coração de mãe sente-se mais tranquilo, agora que vejo
uma ligação mais forte entre o meu Di e o pai. Estava preocupada, pensava
constantemente: “E se me acontece alguma coisa? O meu Di vai-se sentir
totalmente desamparado. Ele só me quer a mim, só quer o meu colo, a minha
companhia, a minha atenção dispensando todas as outras.” Agora que vejo aquela
chamazinha a acender entre os dois fico mais sossegada. Sinto-me aliviada. Se
me acontecer algo (espero que não, toc, toc, toc, bato na madeira 3 vezes), o
meu Di já não se sentirá tão desamparado na companhia do pai, pois passou a
reconhecê-lo como tal. Fico tão mais descansada, por saber que ficaria com
alguém de quem gostasse. Só quem é mãe, compreende o que sinto.
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