Tenho um filho que amo de todo o meu coração. É sem sombra de
dúvida a pessoa mais importante da minha vida. Faço e farei tudo por e para
ele; o possível e o impossível. O que mais desejo na vida é poder assistir ao
seu crescimento e tornar-se num homem cujas qualidades e defeitos não importam,
desde que seja feliz e saudável. Amá-lo-ei sempre e para sempre, mas assim que
estiver preparado entregá-lo-ei à vida. Tenho para mim, que os filhos não são
nossos, não são nossa propriedade, são uma dádiva que Deus nos emprestou, mas
que Lhe pertence, e mais cedo ou mais tarde reclama de volta. Não sou nem serei
uma mãe castradora, cínica, ciumenta. Sim, apoiá-lo-ei em todas as decisões que
tomar, sim ajudarei se ajuda ele pedir, confortá-lo-ei se de conforto ele necessitar,
e sempre, sempre o amarei com todo o meu coração. Mas não interferirei,
deixarei que apreenda por experiência própria, que caia e que se erga, que
caminhe pelo seu próprio pé e que encontre a sua felicidade, mesmo que eu só
faça parte dela nos bastidores. Por tudo isto, não compreendo quem faz o
contrário, quem tem ciúmes ou inveja da felicidade do Ser, que supostamente,
deveria ser o mais importante da sua vida, quem se impõe na vida de outrem e
que interfere sem solicitação, e especialmente, não entendo uma mãe que põe um
filho contra outro. O medo de perder o seu amor, de ser deixada para trás, não
é desculpa. Os filhos amam-nos, como nós os amamos. Incondicionalmente. Se lhes
ensinarmos o que é o amor, se os ensinarmos a amar e a serem felizes, então é
garantido que teremos sempre um lugar nos seus corações.