O melhor entre os melhores.
Chorei qual Irina Shayk.
É certo que não tenho os seus lindos e enormes olhos, nem o seu rosto de
porcelana, e tão pouco fico bonita com os olhos rasos de água. O meu nariz
incha e fica vermelho e molhado, mas as minhas lágrimas eram tão verdadeiras
quanto as suas e as da D. Dolores.
Se fosse
o meu menino que ali estivesse a receber aquele prémio, também eu limparia o
nariz ao meu vestido de seda Christian Dior ofertado por ele propositadamente
para o dia. Também eu gritaria por ele e esbracejaria com as duas mãos no ar em
sinal de vitória e de orgulho. Queria lá saber se o resto do mundo tinha os
olhos posto em mi! – Pensei.
Comoveu-me aquele
momento único em que o craque soltou da garganta um desabafo, há muito contido,
e chorou sem filtros perante os milhares de pessoas que espiolhavam cada um dos
seus gestos, cada uma das suas reacções. Comoveram-me as lágrimas e a
dedicatória à sua, sempre presente, família.
Afinal
os” militares” também têm um coração dentro do peito. Vaidoso? Claro, não é para menos! Ele é o melhor entre os melhores? –
pensei orgulhosa à procura da reacção do presidente da FIFA
Naquele preciso momento
em que lhe caiam as lágrimas pelo rosto, pensei em todo o trabalho árduo,
dedicação, abdicação e sacrifico daquele jovem homem para chegar onde chegou e
em como isso é inspirador e me impulsiona para, também eu, perseguir e lutar
pelos meus sonhos.
Na segunda-feira
senti-me uma vez mais profundamente embevecida por pertencer a esta família,
que se chama Portugal, que tem entre nós, nada menos, nada mais, alguns dos
melhores, não só no futebol como noutras áreas, que nos valorizam além-fronteiras,
que demonstram a nossa verdadeira raça e que nos dão alento para fazer, nós
próprios, mais e melhor. Com muita alegria percebi que não somos fracos, que continuamos
a ser o mesmo povo conquistador de sempre. A força e a garra continua nos
nossos genes.
Sem comentários:
Enviar um comentário