Em miúda adorava o
Natal, aliás até há uns anos adorava o Natal. Quando digo adorar é adorar
mesmo. Foi o meu padrinho que me incutiu este amor. Na casa da minha tia Júlia
e do meu padrinho, onde fui criada, existia a tradição de se fazerem as
filhoses em casa, não havia cá essa treta das pastelarias, todos amassávamos a
massa e a minha tia fritava, existia uma alegria contagiante e permanente e eu
tenho tantas saudades desses tempos.
Atualmente, o Natal
traz-me a memória o meu querido padrinho que partiu há dezasseis anos e isso
obviamente deixa-me triste e melancólica.
É verdade, que hoje
tenho o meu filho, que começa a compreender o que é o Natal, e que enche a casa
de tanta alegria e amor e que segundo a minha mãe é a reencarnação do meu
padrinho Gerardo, que não nos consegue abandonar e eu olho para ele e penso “será?”
Não sei se é, nem sei se
acredito, mas que o Natal com este meu pequenote tem um sabor diferente, lá
isso tem. Posso dizer que chega a ser muito parecido com o Natal do meu
padrinho Gerardo.
Feliz Natal a ti que me
continuas a ensinar e a dar tanto. ♥
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