... é o que de melhor tenho, o melhor que a vida alguma vez me deu.
Adoro-o, amo-o como nunca pensei que fosse possível amar, mas ele há dias em que
o rapaz pequeno tira-me realmente do sério. Teimosinho, como só ele sabe ser.
Em média levo uma hora e meia para sair de casa, 60 minutos dos quais são empregues, a preparar
aquela alminha casmurra.
-Di,
vamos vestir.
- Nã
qué.
-
Di, vamos lavar a cara e os dentes.
- Nã
qué.
-
Di, vamos mudar a fralda.
- Nã
qué.
O Di
nunca quer nada. Tem que ser tudo negociado, espremido até à exaustão. Dá-me
luta este meu filho.
- Se
não vieres a mãe tira-te a bola. Se não vieres a mãe apaga a televisão. Se não
lavares a cara a mãe não lê a história. Se não comeres a mãe põe-te de castigo.
– Lá vem ele a correr com sorriso de malandro preparado para me dar uma beijoca
e deixar-me fazer o que quero. Sim, derreto-me com estes beijinhos graxistas,
mas também chego ao final do dia esgotada de tanto repetir o mesmo, de esperar
que ele me obedeça, irritada por nem sempre me obedecer e preocupada por não
saber se estou a seguir o melhor caminho na educação deste meu grande amor.
Não
te dou, não te troco, não te empresto ♥
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