Senhora
Dona X - Ai, parece que ele está pior. - Disse referindo-se ao meu bebé.
Eu -
Sim, está com mais tosse. – Respondi, triste.
Senhora
Dona X - Ai está?
Eu
– Sim. – Respondi com estranheza à sua resposta em tom de pergunta e pensei: “Então
mas se não está a falar da tosse do menino do que estará a senhora a falar?!”
Pouco
tempo depois volta a insistir:
Senhora
Dona X - Ai, parece que desde que está na creche que ainda ficou mais agarrado
a si. Tá pior, não acha?! – Disse com ar de desdém.
Não
respondi. Não tenho respostas rápidas para provocações. Mas depois de tanta
insistência sobre o tema, disse:
“
Claro que ele está agarrado a mim. Pudera, eu sou a mãe dele! Se o menino estivesse
agarrado à vizinha do lado é que eu me preocupava!”
Não
foi a melhor das repostas, mas foi a que me saiu. Às vezes penso como seria bom
ter uma resposta pronta a ser expelida, em modo voo, de forma a calar esta gentalha
altaneira, sempre pronta a destilar veneno na felicidade alheia. Mas quando
volto a cair em mim, penso que felizmente, não me surgem as tais respostas porque,
simplesmente, não sou igual a eles. Aos que criticam por tudo e por nada, aos
que só vêem maldade, aos que sofrem de inveja e ciúme, aos que não conseguem
conviver com o êxito e bondade alheia, aos pessimistas por amor à camisola, aos
descrentes.
Prefiro
ver a bondade, sentir o amor e viver na felicidade. Eles que se lixem!