Sei que soa a cliché, mas é um facto, a maternidade mudou-me. É certo que continuo a ser uma eterna optimista, antevejo uma oportunidade em cada dificuldade, enfrento cada obstáculo com a confiança digna de uma maratonista convicta das suas capacidades e crente nas suas preces. Acredito em mim, acredito em ti, acredito nele, (o meu bem mais precioso) e acredito nos bons, nos felizes, nos lutadores, nos que não baixam os braços e nos que não se vergão a depressões e outras maleitas amaricadas. Acredito num mundo cor-de-rosa e digno, fértil em imaginação, harmonia, desejos, e boa vontade, mas, já não vou em histórias de encantar. Deixei de acreditar que posso mudar os outros ou que os outros podem mudar! Já não tenho estômago para falsidades, para egoísmos, para amuos, calúnias, prepotências e falsas promessas. Falta-me a paciência para a infelicidade alheia que tenta corromper o próximo com o descrédito, com a falta de auto-estima, com a p… da inveja. Gosto de ser feliz! Lamento, mas, decididamente, não tenho queda para a infelicidade. Sou e quero ser feliz, autêntica, una com o amor, com a vida, contigo, com ele, com os bons, com os que valem a pena. Tenho tanto por quem viver, por quem ser feliz, a quem amar. A maternidade deixou-me inabalável, astuta, e ainda mais perspicaz. Não mais permitirei os abusos ou o escárnio alheio. Não mais me privarei de defender o que é meu e os meus. É certo, que não jogarei à defensiva nem tão pouco ao ataque, jogarei pelo amor à camisola e à equipa da casa, que é o quanto basta para vencer o campeonato. Jogarei pelos e para os meus adeptos, aqueles que amo e que me amam e calarei as claques adversárias com a minha goleada.
Continuarei a competir neste campeonato, mas de perfil e alma renovada.
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