O meu Di é um docinho. Meiguinho, simpático, como ele só e beijoqueiro como
a mãe, enfim uma infindável porção de características adoráveis que me deixam
derretida e orgulhosa deste biscoito mais fofinho do meu mundo. Mas quando o
rapaz pequeno sai dos eixos e se transforma num pequeno rebelde, que Deus me
acuda e me dê muuuuita paciência.
Ontem no Shopping depois de o sentar em todos os carrinhos
eléctricos que lhe apeteceu por mais de meia hora, fez a maior birra alguma vez
vista na história da humanidade infantil, quando lhe disse que já chegava
porque estava na hora de irmos papar. Chorou, gritou, “nã, nã, nã…”, esbracejou,
bateu-me, mordeu-me, deitou-se no chão, arrastou-se pelo chão. Uma vergonha,
isso sim. Os olhares reprovadores de quem passava deixavam-me sem saber o que
fazer com aquele pestinha. Com vontade de enfiar a minha cabeça dentro de um
saco preto, peguei-lhe ao colo e levei-o a esbracejar até ao carro.
- “Má, má, má…” Chamava-me aquela minorca de palmo e meio.
- “A mamã não é má tu é que te estás a portar muito mal. Isso
sim.” – Respondi-lhe evitando vociferar “mau és tu, meu pestinha”. Li num livro
que não se deve chamar más às crianças, ficam traumatizadas e quem sabe,
capazes de se transformarem em verdadeiros delinquentes juvenis. Enfim, nada
melhor do que prevenir.
Quando o sentei no carro:
– “Mãim, mãim, mãim.” –
Chamou-me, agarrou-me o rosto com as suas mãozinhas pequeninas e beijou-me.
- Gostas da mamã?
- Tim. (tradução: Sim)
- A mãe está triste contigo.
- Tim.
- Portas-te bem?
- Tim
Ohh pá e lá existe coração que aguente uma fofura destas sem
se derreter?!
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