quinta-feira, 31 de outubro de 2013


Ontem festejámos o aniversário do meu pai, o avô mais querido do meu filho, a pessoa com quem mais me identifico, o único homem, que eu conheço, detentor do sexto sentido e ainda por cima tão apurado quanto o meu. O único que me consegue fazer rir sempre que lhe apetece, o único que me tira do sério sempre que deseja, aquele com quem orgulhosamente eu e o meu Di somos tão parecidos, aquele que nos atrai, aquele com quem gosto de competir, aquele com quem aprendo e o único que me dá gozo ensinar. Inteligência, perspicácia, sabedoria, tem aos quilos mas o que melhor o identifica é mesmo o amor e a preocupação para com os seus e para com o trabalho. Nem sempre foi ou é fácil estar ao seu lado, nem sempre é ou foi fácil ser membro do seu clã, ainda assim não trocaria qualquer vírgula das nossas vidas. Com ele e por ele tornei-me no que sou hoje. Foi, é e sempre será o avô predilecto do meu Di.  Tenho a certeza que a sua presença já o marcou para a vida, assim como, marcou e continua a marcar a minha vida e a de todos os que por ele passam.
Parabéns!
Só a ti abro esta excepção: Não te dou, não te troco, não te empresto. I L♥ve y♥u.

terça-feira, 29 de outubro de 2013


Sr. Di apanhou uma valente gripalhada. Ontem, lá fomos nós até ao hospital para saber do diagnóstico. Constipação viral. Pouco há a fazer, para além de controlar a febre, limpar bem o nariz e mimo… muito mimo e beijinhos. Mas esse remédio, que é o melhor antidoto do mundo, no combate de qualquer maleita, não é preciso o doutor receitar, já lhe dou em sobredosagem.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

É exactamente isto!


No metro.


Eu expliquei-lhe que era um comboio subterrâneo. Ele adorou. Cada vez que as portas fechavam imitava o apito. Ti, ti, ti ,ti. J Que fofo que o puto é!
Tive uma vez mais a constatação daquilo que algumas pessoas me querem fazer querer que não. O meu rapaz pequeno é a minha fotocópia. Uma senhora que se sentou mesmo à nossa frente confirmou-o. Eu acenei disse que ele era realmente parecido. Ela disse: “Não é parecido, é igual! É lindo como a mãe.” 
Foi o suficiente para mais ninguém poder comigo naquele dia, tão babosa e convencida que fiquei, mesmo sendo um piropo de uma senhora e não de um Deus grego qualquer, tipo Bruce Springsteen, ou um Eddie Vedder ou um Gianecchini.

Adenda ao post anterior.


O meu rapaz já tinha andado de autocarro, mas foi em Londres e não saia de dentro do carrinho dele, por isso não conta. Aliás saiu uma única vez, mas como abriu a porta de emergência do autocarro, nunca mais cai na cantiga do bandido. Quase íamos presos!

Sr. Di meu filho é um finório de primeira.


Só sabe andar de avião de autocarro já não!
Fomos ao médico ali para os lados de Algés, por falar nisso, tenho a dizer que o rapaz não tem o pé chato, tem o pé chatérrimo, tal como o dono do pé. Bom, adiante, para lá o avô deu-nos boleia, porque quando não sei o caminho sou uma aselha de primeira, e para cá viemos de autocarro até ao Marquês de Pombal e depois de metro até casa. Achei que o rapaz iria gostar da aventura. Autocarro e metro, ainda por cima, no mesmo dia. No autocarro sentei-o ao meu lado e o rapaz começou a mexer no banco da frente admiradíssimo por não existir uma mesinha que se abrisse para quando a hospedeira nos servisse o “pumo”  (tradução: Sumo) ele pudesse lá colocar o copo. Oh valha-me Deus que filho chique que eu tenho! 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013


No Sábado fui ao cabeleireiro cortar e fazer umas nuances. Já andava a precisar de meter a mão neste regabofe. Depois de me ouvir com muita atenção e de explicar que não queria nada para os tons de louro e muito menos queria a cabeça vermelha o cabeleireiro disse-me: “Ah sim, acho que faz muito bem. O seu cabelo é muito fininho, oleoso e baço. As nuances vão-lhe dar vida.”
E eu pensei: “ a minha amiga X adorava ter um cabelo fininho, oleoso e baço, quando andou a fazer a quimioterapia que a depenou.” 
Adoro o meu cabelo, fininho, de tão liso chega a ser escorrido, não permitindo a colocação de qualquer apetrecho. E sim é oleoso e sim, a maior parte dos dias está baço, mas ainda assim adoro-o. E acima de tudo adoro o facto de não ser careca!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Caraças pá! Muito bom mesmo!!


Hoje na rádio Comercial festejam o dia da maçã. Ligou um senhor para a rádio a comentar que estava a passar numa localidade perto de Sesimbra que se chama Maça, no preciso momento em que ouviu um dos apresentadores a anunciar o dia da maça. O hilariante nisto tudo é que eu estava a passar exactamente nessa localidade quando ouvi o comentário do senhor. Muito bommmmm! Bom presságio. J

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Irra, cruzes canhoto...


Esta noite sonhei com uma colega que tive no meu primeiro emprego. Acordei a suar só de pensar na lambisgóia  Uma fulana intratável, um Ser Humano da pior espécie, alcoviteira, má índole, má colega, má pessoa, fingida, mentirosa e com a mania que era chefe. Com a mania que era minha chefe, claro! Ela queria era ser chefe, nem que fosse da estagiária que passava o dia a tirar fotocopias. Eu, euzinha. Ela era a chefe da estagiária e da máquina fotocopiadora. Eh, eh, eh. E olhem que não era nada fácil. Quando a sacana da máquina teimava em não trabalhar e parava para comer o papel em vez de o fotocopiar, a chefe ficava com o dia lixado! Tinha de limpar o estômago à máquina, porque a subalterna era estagiária e não tinha cá competências para esses trabalhos difíceis. J Tooooomaaaa, lixa-te.

Ontem foi um bom dia.

Tive a visita inesperada, mas muito deliciosa da minha querida amiga S. E como se não bastasse apenas e só a sua companhia ainda me trouxe a boa nova de que finalmente encontrou o rumo na sua vida que há tanto ansiava. Achei-a mais feliz e muito menos ansiosa. Fica mais bonita quando relaxa.
Nela confirmei a sorte que é termos uma ocupação que nos sustente. Nem sempre fazemos o que mais gostamos e não podemos perder a esperança de o um dia isso acontecer, mas o facto de podermos sustentar-nos sem depender de ninguém é um orgulho incomparável. Alimenta-nos o ego.
Fico tão feliz quando a vida desta miúda corre sobre carris. Ela merece, todos merecemos, mas ela merece muito.
Boa sorte para dia 28. Ficarei a fazer figas.  Good Bless You

quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Para quê bater na mesma tecla, naquela tecla gasta e já sem cor. Porquê preocuparmos-mos com aquilo que os outros pensam acerca de nós? Porquê perdermos o nosso tempo a pensar nas palavras ácidas que nos dizem apenas com o intuito de nos ferirem? Para quê pensar nos olhares doentes de inveja e sem lá mais o quê, que nos deitam e que tanto nos magoam? Às vezes é difícil manter uma mente saudável. Às vezes é difícil acreditar naquilo que sempre acreditámos e regermos o nosso pensamento através das leis em que acreditamos. Por vezes sentimo-nos tão feridos que só nos apetece destilar veneno. Foi assim que me senti há uns dias, mas não me vou permitir fazê-lo mais uma única vez. Não quero ser igual a eles. Vou antes destilar amor, sabe melhor e deixa-me nas nuvens. 


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Limpezas e afins...

Sou uma adepta fervorosa da organização, enerva-me a desorganização. Gosto tanto de tudo limpo, arrumado e organizado que até utilizo um sistema organizacional, bastante eficiente, diga-se de passagem, dentro do meu coração.
O meu coração divide-se em gavetas, onde arrumo cada pessoa que existe ou passou na minha vida, sendo o meu Di quem ocupa o lugar de destaque. Este pirralhinho ocupa a gaveta mais importante da hierarquia das gavetas, a do amor incondicional e sem limites e é o único senhorio. De seguida vem a gaveta dos que amo muito, ocupada por três das pessoas mais importantes da minha vida.
Contudo, existem muitas mais gavetas, como por exemplo, a gaveta onde arrumo os amigos, a gaveta onde arrumo os conhecidos, a gaveta onde arrumo os que gosto, a gaveta onde arrumo os que não gosto e, por último, a gaveta onde arrumo os que me dizem pouco, os que não me dizem nada, aqueles que por uma razão ou por outra convivo apenas por obrigação, a penúltima na pirâmide hierárquica, a que se encontra antes da gaveta dos inimigos, que por sua vez está vazia, que eu não sou moça para ter inimigos.
E tenho pena, tenho tanta pena que uma das pessoas que deveria ocupar a gaveta dos que amo muito ocupa, neste momento, o pódio da gaveta que menos aprecio.


Parabéns a ti, meu amor grande. I Love you. ♥



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mãe ♥


Hoje festejo o aniversário de uma das pessoas mais importantes da minha vida, a minha mãe. A minha mãe é a minha bussola, o meu ponto de orientação, a minha base. Com o seu exemplo ensinou-me a ser quem sou, ensinou-me a ser mulher, ensinou-me a ser mãe e ensina-me como um dia serei avó.
Quando o meu dia amanhece duvidoso e enublado ela abre-me a janela para uma vida composta de luz e polvilhada de amor e de alegria e lembra-me de quanta sorte eu tenho.
Não concordamos com tudo, na maioria das vezes não partilhamos a mesma opinião, mas é sem sombra de dúvidas a mulher mais importante da minha vida e a avó mais querida do meu Di.

Não te dou, não te troco e não te empresto. Amote

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Livre - Cheryl Strayed




Eu não ia anuir àquilo com um aceno de cabeça. Tudo o me acontecera na vida estava incorporado no cimento que mantivera a minha cabeça perfeitamente imóvel no instante em que a astróloga me  disse que o meu pai me tinha contaminado.
- Feridas profundas? – foi tudo o que consegui articular.
- Sim – respondeu a Pat. - E você também tem feridas profundas no mesmo sitio. É isso que os pais fazem quando não tratam das próprias feridas. Ferem os filhos nos mesmos sítios.

Cheryl Staryed 
in Livre

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Mau Mariiiiaaa.

Os egocêntricos irritam-me. É que me dão mesmo cabo da paciência. Tento controlar-me. Vou enchendo, vou enchendo até rebentar a bolha. Irra, cenouras e courgettes…

Já aqui comentei que ando na natação, frequento uma piscina fantástica da GesLoures, tenho uma professora excelente e só tenho bem a dizer de todos os restantes funcionários, aliás só teria bem a dizer deste espaço não fossem as utentes sexagenárias que vão fazer a aula de hidroginástica antes, durante e depois da minha aula. Não respeitam as regras dos chuveiros, ocupam todos os cabides perto dos chuveiros com toalhas, saquinhos e saquetas, enquanto encolhem e esticam perna dentro da piscina, mas o pior, o que me tira realmente do sério, é que entram dentro dos balneários sem as “pantufas” plásticas obrigatórias, a cobrir a sola dos sapatos com que andam na rua. Aquando o verão, vi até algumas a utilizarem os chinelos que trazem calçados da rua, dentro do espaço que circunda a piscina. Já foram avisadas e continuam a fazer o mesmo e ainda acham que a empregada da limpeza que as avisou é mal-educada.

Tenho para mim, que na próxima quinta-feira vai-me saltar a mola e terei de chamar umas quantas à razão. Só de pensar que as crianças que chegam na hora seguinte e que, muito provavelmente, muitas delas vão andar ali descalças, irão pisar cocó de cão e terra suja, dá-me os nervos. 

Ai  gentalha, gentalha.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Isto é que é imaginação! No meu melhor.

Ontem depois do xixi do meu Di, levei-o para a minha cama, porque o rapaz só adormece se for ao meu lado. Quando o tirei da sanita ia praticamente a dormir, deitei-o na cama, abriu os olhitos e disse, “Mamã eiti.”
-Queres leitinho?
- Tim, mamã.
Eu apesar de não ter nenhuma vontade de ir para a cozinha aquecer-lhe o eiti, cedi ao seu pedido e quando me ia pôr a caminho o pai disse, “Amor, não faças isso, olha que ele desperta.” Achei que o pai tinha razão e ainda só eram 3h30m, e caso ele despertasse avizinhava-se uma longa noite em branco pela frente.
Deitei-me e apaguei a luz. “Mamã, eiti.” Choramingou.
- Olha filho a mãe não tem leitinho agora, mas já liguei ao Sr. Leiteiro para ir comprar ao supermercado e daqui a um bocado ele já traz. Está bem?
Não sei de donde me saiu tal ideia!
- Tim.
Passados poucos segundos ouvi a sua respiração profunda, de como quem dorme o sono dos justos, e eu senti-me um pouco menos culpada, porque afinal o meu rapaz não queria tanto assim o seu eiti.

Andava preocupada com o meu Sr. Di.

O rapaz pequeno voltou a fazer xixi na fralda durante a noite e pior, durante a sesta, algo que tinha deixado de fazer há bastante tempo. Tive medo de uma regressão e pior qual seria o motivo dessa regressão. Esta semana pensei que se lhe incutisse a responsabilidade de acordar quando sentisse vontade que se calhar seria uma boa ideia, e assim fiz, todas as noites antes de apagar a luz dizia-lhe:
- Filho, onde se faz o xixi?
- Na ni, mamã. (Tradução: na sanita mamã.)
- Então, quando estiveres a fazer óó se quiseres fazer xixi chamas a mamã. Sim?
- Tim
Comecei a dizer-lhe isto no Domingo e estava a caminho de desistir quando esta madrugada às 3h30, oiço a sua vozinha, “Mamã, titi.”
Ups o rapaz pediu para ir fazer xixi – assimilei ensonada.
Corri até ao seu quarto, “queres fazer xixi, filho?” – perguntei-lhe
- Tim, mamã.
Peguei-lhe ao colo e lá fomos fazer um titi GRAAAAANNNNNDE.
- Muito bem, meu querido, pediste xixi à mamã. Portaste-te muito bem. O Di é um menino lindo e grande – elogiei-o.
- Tim, mamã – respondeu-me sonolento de olhos inchados e semicerrados, mas com o seu sorriso lindo.

Não te dou, não te troco, não te empresto. ♥

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sr. Di, meu filho, na piscina.


Segundo a educadora a aula de natação do meu Di correu às mil maravilhas. “Até parece que o rapaz foi feito em meio aquático” – disse a educadora. Ou será que disse que, “até parece que o rapaz foi feito para viver em meio aquático”? Pois, estou confusa, já não me lembro, mas se disse a primeira enganou-se.
Bom, mas o que na realidade ela queria dizer, era que o Sr. Di, meu filho, é como peixe na água. Adorou a aula de natação, adorou brincar e salpicar a malta, fartou-se de divertir e de gargalhar. “Oh mãe até parece que o Di tem uma piscina” – disse a educadora. E tem, ora essa! – Respondi-lhe.  - Só não se banha (expressão ridícula que o meu pai costuma usar e que eu adoro gozar!) na água do mar, porque é fria, de resto venha ela. E a factura da água lá de casa é a prova disso.
Só espero que hoje não se atire na piscina das piranhas! 

Sr. Di no aquário Vasco da Gama.


E lá foi ele, o meu pequeno rapazinho na sua primeira “viagem de estudo” deste ano lectivo. Que é como quem diz, foi até à Cruz Quebrada visitar o Aquário Vasco da Gama. Quando o levei ao Oceanário estive uma noite sem dormir devido aos seus pesadelos, mas claro, o rapaz só tinha um ano e pouco, agora que já é um grandalhão (dois anos e meio!! Hum, pois…) vai encarar tudo com grande naturalidade. Amanhã a ver vamos! O mais certo é vir a dormir para o escritório.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

A minha amiga Déborah.

A vida tem destas boas surpresas. Quando parece que o dia vai descambar, o universo encarrega-se de nos compensar com algo de bom. E a surpresa não podia ter sido melhor. Encontrei uma amiga muito querida, que há muito procurava, a minha amiga Déborah. Pensava nela muitas vezes, lembrava-me dos bons momentos que partilhámos, da sua alegria contagiante, da sua forma optimista de encarar a vida. Foi a primeira pessoa, que conheci, que enfrentava cada obstáculo, que é como quem diz, um teste de matemática, com optimismo exacerbado e sempre com um sorriso. O mesmo sorriso que lhe permanecia nos lábios durante todo o dia. Lembro-me das” baldas” (esta parte o meu Di nunca saberá) que dávamos, ela a matemática e eu a história, para irmos jogar snooker no café e lembro-me que com apenas quinze anos a minha amiga já ser um mulherão de fazer parar o trânsito. Era absolutamente linda.
Esta amizade com a minha amiga Déborah foi o início de uma mudança na minha forma de ser e de estar. Na altura achava-a uma miúda diferente de todas as outras, que eu já conhecera e que me fazia sentir nas nuvens. Hoje compreendo que essa diferença era a felicidade que emanava e a sua forma de estar de bem com a vida. Era feliz porque recusava-se a ser infeliz. Acho que não o fazia por saber de leis universais e outros temas actuais, fazia-o porque não sabia ser de outra forma. A felicidade era-lhe algo inato. Quando a conheci passei a compreender que afinal a minha mãe tinha razão, que afinal os dias são pintados de muitas cores.
Acredito que nada nem ninguém aparece na nossa vida por acaso ou por coincidência e se existiu um motivo forte para ter conhecido a Déborah no colégio, hoje passados vinte anos também existe um motivo forte para nos termos reencontrado e eu acredito que uma amizade como a nossa jamais se esquece. Eu nunca a esqueci.