O
meu coração divide-se em gavetas, onde arrumo cada pessoa que existe ou passou
na minha vida, sendo o meu Di quem ocupa o lugar de destaque. Este pirralhinho ocupa
a gaveta mais importante da hierarquia das gavetas, a do amor incondicional e
sem limites e é o único senhorio. De seguida vem a gaveta dos que amo muito,
ocupada por três das pessoas mais importantes da minha vida.
Contudo, existem muitas mais gavetas, como por exemplo, a gaveta onde arrumo os amigos,
a gaveta onde arrumo os conhecidos, a gaveta onde arrumo os que gosto, a gaveta
onde arrumo os que não gosto e, por último, a gaveta onde arrumo os que me
dizem pouco, os que não me dizem nada, aqueles que por uma razão ou por outra convivo
apenas por obrigação, a penúltima na pirâmide hierárquica, a que se encontra
antes da gaveta dos inimigos, que por sua vez está vazia, que eu não sou moça
para ter inimigos.
E
tenho pena, tenho tanta pena que uma das pessoas que deveria ocupar a gaveta
dos que amo muito ocupa, neste momento, o pódio da gaveta que menos aprecio.
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