Sempre vivi nos
arredores de Lisboa, mas em miúda passava as minhas férias de verão, de Natal e
da Pascoa numa aldeia pequenina do Alto Alentejo chamada Flôr-da-Rosa. Tenho
tantas e tão boas recordações deste lugar, pelo qual ainda hoje sinto um
carinho muito especial, não fosse este o local onde há mais de vinte anos vive
a minha querida Tia Júlia. Na realidade a Tia Júlia não é minha tia, aliás, na
realidade nem sequer partilhamos o mesmo sangue que unem as famílias, mas é com
toda a certeza o membro mais querido da minha família do coração. A família que
adoptei como minha desde o dia em que nasci, o melhor presente que os meus pais
alguma vez me deram na vida e por quem sinto um enorme carinho e um amor
incondicional.
Flôr-da-Rosa tem para mim
um encanto especial, acho que é por me sentir sempre tão feliz cada vez que a
visito (a não ser pela morte do meu querido padrinho), é como regressar às
origens e voltar a ser a menina que se sentava no colo da minha tia para
conversarmos, o melhor colo do mundo, (onde ainda hoje me sento) e por isso
fico sempre tão feliz quando, por mais pequenino que seja, sai um artigo num
jornal ou numa revista com esta aldeola.
Fiquei encantada quando me
deparei com a sessão fotográfica da Ana Garcia Martins (A Pipoca mais Doce) no
mosteiro de Flôr-da-Rosa, o mesmíssimo onde eu em miúda brincava, porque este
ainda não era a linda pousada em que se transformou.
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