Com o passar dos anos a
vida comprovou-me que a felicidade que todos almejamos para as nossas vidas
depende da gratidão que temos pela mesma, depende da gratidão que temos pelos
que nos rodeiam, pelo nosso trabalho, pelo sol que ilumina o nosso planeta,
pela chuva que enche os rios e os mares, por acordarmos … A palavra mágica
“obrigada” quando dita com a voz do coração marca a diferença na nossa
percepção do mundo e na nossa projecção no mesmo. Nem todas as pessoas o sabem,
vivem distraídas nos seus mundinhos pequeninos, intolerantes e egocêntricos, por
mais vezes que mencionem “obrigada” nunca chegam a praticar a gratidão do
coração e a magia nunca acontece. Vivem anos a fio e morrem sem nunca perceber
o verdadeiro significado da felicidade. Contudo, outras tantas, apesar de desconhecerem
os benefícios que a gratidão lhes traz para as suas vidas, são tão
intrinsecamente gratas que praticam a gratidão mesmo sem saber que o estão a
fazer. Quando Deus me poe no caminho alguém com estas características nunca
consigo deixar de me surpreender com tamanha capacidade.
Já devia estar
habituada, Deus tem sido bom para mim e tem posto no meu caminho, muitas destas
pessoas, mas ontem surpreendi-me de novo com alguém que jamais esquecerei, cujo
nome não perguntei, pois o nome deste alguém é apenas um detalhe e nunca a
forma que o diferencia. Para mim, é o Senhor dos rolamentos, o senhor a quem
demos uns quantos rolamentos velhos e inutilizáveis, para as trotinetes dos
netos que ele construiu. O senhor que, apesar das suas poucas posses, me
ofereceu um perfume em forma de agradecimento. Um perfume antiquadoque eu nunca
compraria, mas que usarei até à última gota. Cheira a amor, a gratidão e a divindade.
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