Sim é certo que tinha 87% de hipóteses de vir a sofrer de um cancro da mama, mas e os outros 13%, não contam? Não têm qualquer importância? Não sei o que faria na sua posição, mas sei o que fiz quando diagnosticaram um cancro do pulmão a uma das pessoas mais importantes da minha vida, o meu pai. Rezei e agradeci antecipadamente a sua cura. Com uma percentagem pequeníssima de sobrevivência, conseguimos combater aquele cancro filho da p..a que queria levar a pessoa que mais me faz rir, a minha fonte de energia e força para a vida. Mas conseguimos, ai se conseguimos! Já passaram oito anos desde que o meu pai foi operado, fez os penosos tratamentos de quimioterapia e os menos penosos de radioterapia e felizmente continua connosco aqui no mundo dos vivos. E de uma coisa podem ter a certeza, sempre soube que aquele cobarde daria ao cava, assim que se deparasse com o nosso optimismo.
É difícil dar uma opinião, é difícil saber qual o lado que tenderíamos se estivéssemos no lugar da Jolie. E quem somos nós para criticar alguém que tem a batata quente na mão? Quando recebemos uma notícia destas acagaçamo-nos e eu acho que a Jolie borrou-se toda de medo. Teve tanto medo que preferiu prescindir das mamas a correr o risco de morrer. Eu própria sinto-me petrificada só de pensar que eu ou a minha família poderemos passar novamente por uma situação destas. (Vai de ré Satanás!) Não sei se no seu lugar arrancaria as duas mamas, não sei se me basearia apenas numa hipótese para mutilar o corpo, mas tenho a certeza que rezaria e agradeceria, ainda com mais afinco, a vida que tenho e a que provavelmente viria a viver.
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