quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
Dia dos avós com quase uma semana de atraso.
Tenho uma avó que não é a mãe de nenhum dos meus pais, é
apenas minha avó. Não partilhamos o mesmo sangue, mas partilhamos o mesmo amor
e o mesmo bem-querer que nos emociona sempre que nos reencontramos e que nos
unirá para além da vida que conhecemos. Esta minha avó adoptou-me como neta no
dia em que nasci e criou-me como as amas criam, com uma diferença, amou-me como
só as mães amam e deu-me o colo doce e reconfortante que só as avós têm. Nunca
me deu um ralhete, nem sequer alguma vez alterou o seu tom de voz meigo e açoites
não fazem parte do seu vocabulário, onde as palavras-chave são: amor e
paciência.
No dia em que partiu para o seu Alentejo, o Alentejo que eu
também adoptei, eu tinha nove anos e nunca mais esquecerei o dia mais infeliz
da minha infância. Não deitei uma única lágrima e não debitei uma única
palavra, mas o seu rosto encharcado molhava-me os cabelos e eu ouvia a sua voz
“Nas férias a tia vem buscar-te”, eu, muda de tristeza e com um enorme nó na
garganta, acenava com a cabeça. Vi-a entrar no Renault 5 branco e partir com o
rosário numa das mãos e a fotografia do seu Santo Padroeiro na outra. Corri
para casa da minha nova ama, que nunca adoptei como avó, nem com qualquer outro
parentesco e sentei-me a ver os desenhos animados enquanto o meu coração batia
com tanta força que quase me saltava do peito. Nessa noite e muitas noites
seguidas chorei de saudades e de tristeza.
E como o prometido é devido, sempre que tive férias da
escola a minha avó deslocou-se a Lisboa para estar perto de mim ou para
levar-me para a sua casa no Alentejo, onde me reencontrava com a minha restante
família adoptiva. Lembro-me que, sempre que ela chegava de viagem e vi-a entrar
naquele pátio onde um dia fomos tão felizes, era como se nos reencontrássemos
pela primeira vez e todo o sofrimento e sentimento de abandono ficava perdoado
e esquecido.
Actualmente, a minha avó tem oitenta e quatro anos e
continua a dar-me o melhor e mais reconfortante colo. Não passamos uma semana
sem declararmos o nosso amor e as saudades que temos uma da outra. Recordarmos o nosso anjo da guarda, o meu querido padrinho,
que aguarda pacientemente por nós, lá onde só as almas boas se reencontram um
dia.
A esta minha avó, nunca lhe chamei avó. Não sei porquê,
porque é o que ela realmente significa para mim. Sempre a chamei de tia, a
minha querida Tia Júlia.
Feliz dia dos avós Tia Júlia. Adoro♥te.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
O melhor momento do dia.
O jantar na Brasserie de L’ entrecôte, um gelado de morango
e nata no Santini e o nosso passeio pelo Chiado. Tudo isto com a melhor
companhia do mundo, os meus dois grandes amores.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Tenho um Einstein na família. :) E adoro-o!
Ontem fui à escola do meu Di, para receber a sua avaliação.
Resumindo: o meu rapaz pequeno é um poço de qualidades. Teve “Muito Bom” a tudo
e adquiriu uma montanha de novas competências. Só está um bocadinho empenado no
domínio da linguagem, nada que eu não tivesse reparado, é claro. O meu rapaz
pequeno fala que se desdenha, mas não se percebe grande coisa, é tudo muito à
base do “T”. “Mãe Titi” (tradução: mãe xixi), “Mãe Totó” (tradução: Mãe cocó),
Teté (tradução: Bebé), Tim (tradução: sim). Ainda é muito tate-bi-tate. Mas ele
chega lá, ai chega! Não fosse ele o miúdo mais expressivo do mundo, o que o
torna o mais comunicativo da sala. Não se compreende o que ele diz, mas sabe-se
perfeitamente o que ele quer.
Que o meu Di é do mais inteligente, sociável, afável, meigo,
de vez em quando reguila, obediente (nem sempre, pelo menos comigo!) e um
querido do mais fofinho que existe no mundo, já eu sabia, não foi nenhuma
novidade. A melhor novidade foi a construção de um parque novinho em folha,
cheio de escorregas (o meu Di adora!), baloiços e outras actividades.
A sua construção vai ter inicio já, já! E o melhor é que
pode ser utilizado mesmo quando estiver a chover, pois vai ser coberto. Uma ma-ra-vi-
lha!!
Tinha muita pena por a escola não ter um espaço ao ar livre.
Acho que os miúdos precisam de rua, de brincar, de explorar outros espaços para
além da sala de aula. Lembro-me sempre que em miúda adorava os meus finais de
dia, porque os passava no parque e tinha pena do meu Di não poder vivenciar o
mesmo com os amiguinhos, apesar das nossas noites de verão serem passadas no
parque até às 21h30 e de os nossos fins-de-semana serem sempre passados na
praia ou no campo. Sinceramente, e apesar de adorar a educadora do meu Di e de
achar as infraestruturas da escola cinco estrelas, (porque para mim a
prioridade é deixar o meu filho num local onde eu tenha a certeza de que é
tratado com carinho, zelo, segurança e respeito), já pensei várias vezes em
mudá-lo de escola devido a esta falha que felizmente será colmatada estre este
e o próximo mês e em Setembro quando o Sr. Di regressar à escola vai ter um
belo parque para se divertir.
terça-feira, 23 de julho de 2013
As pessoas assim-assim da Sofia.
As pessoas assim-assim da Sofia, são também algumas das pessoas
assim-assim que fazem parte da minha vida. Acredito que nada, mas mesmo nadinha
acontece por acaso, e este post da Sofia veio na altura certa e funcionou como
uma lufada de ar fresco na minha cabeça e coração. Mais uma vez Deus, o
Universo, não interessa a entidade, encarregou-se de juntar os pauzinhos e
pimbas, toma lá uma canoa para te salvares.
Não sei como me livrar desta toxicidade que se apoderou de
mim e da minha vida. Deixei que acontecesse, é verdade! Deixei-me e deixo-me
manipular, porque tenho um coração mole que se comove com tudo. Porque tenho
este sentimento de divida para com quem me faz um favor, me dá algo, ou
qualquer outra bondade, apesar da minha constante retribuição e fidelidade. Porque me
preocupo com toda a gente. E sempre, sempre a puta da pena, que me lixa. Não
sei porquê que tenho sempre tanta pena de toda a gente, apesar dos encontrões
que recebo!
Tenho e sinto necessidade de mudar e vou fazê-lo, só não sei
é como. Não sei para onde remar, não tenho bússola, estou perdida neste imenso
oceano, mas tenho a canoa feita com os pauzinhos da Sofia e uma vontade imensa
de reabilitação e de desintoxicação. E isso é o mais importante, ou não?
PS: Obrigada à Sofia, que juntamente com os seus posts, funciona
como que uma massagem relaxante a quatro mãos ao meu cérebro e coração.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
No oftalmologista.
Ontem fomos ao melhor oftalmologista do mundo. Como só dá
consultas lá longe, mais precisamente em Coimbra, fomos todos em modo excursão,
para poupar nas viagens e tirámos um bilhete de consulta familiar, que não foi
mais barato por isso. Quase que não cabíamos todos dentro do consultório, pelo
menos ficaram a faltar cadeiras.
Diagnóstico: eu estou com uma visão de lince, vejo pra
caramba. Nunca pensei que um dia dissesse isto, visto já ter sido míope,
portadora de umas lindas lentes de garrafão, tipo choninhas que me assentavam que
nem uma luva. Que horror! Era uma míope à séria, daquelas que se perdesse os
óculos, tinha que andar às apalpadelas para os encontrar. O resto da família
também está cinco estrelas, incluindo o Sr Di que ficou tão impressionado de
ver o avô a ser consultado que quando chegou a vez dele armou um berreiro do
caneco, que o doutor teve de o consultar a dois metros de distância. A lágrima
teimosa que persiste em escorrer-lhe pelo olho direito vai secar em breve.
Do que o meu Di mais gostou foram das duas horas de espera
no jardim da clínica.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
O melhor momento do dia.
Até nas pequenas coisas, nas mais insignificantes as leis
que ditam a nossa existência funcionam. Funcionam sempre e eu fico tão feliz
por constatar isso cada dia da minha vida.
Andei imenso tempo para comprar umas sandálias brancas,
giras (claro!), baixas e confortáveis. Desde que fui mãe pus um pouco de lado
os saltos altos. Não aguento correr, brincar, ir ao parque, ao supermercado,
pegar o meu amor maior ao colo, tudo isto em saltos altos. Está fora de
questão!
Tenho dois pares de sandálias brancas, mas que de tanto uso
estão mesmo em jeito de irem parar ao caixote do lixo. A semana passada corri o
El Corte Inglês de ponta a ponta e nada, ainda calcei dois ou três pares e nada
me agradou, já a ficar desesperada quase comprava umas que nem gostava muito,
não fosse a minha mãe lembrar-me de que aquilo que é meu, para mim está
guardado.
Ontem, sem muito tempo para perder, passei no Centro
Comercial Vasco da Gama, com a certeza de que encontraria as sandálias que
tanto procurava. E encontrei mesmo! Em cinco minutos fiz a compra. Tauuu, foi
tiro e queda. Entrei na garagem, subi a passadeira rolante, fiz a curva e
dirigi-me precisamente, sem olhar para o lado e sem hesitações, à Geox. Tinha a
certeza, e sem nunca as ter visto, que as sandálias que eu tanto almejava
estariam à minha espera. E lá estavam elas na montra a sorrir para mim, lindas,
maravilhosas, brancas, douradas, super, híper confortáveis não fossem elas da
marca de sapatos que eu mais aprecio. E ainda por cima, já estavam em promoção!
terça-feira, 16 de julho de 2013
O meu rapaz pequeno...
... está a crescer, deixou de ser um bebé,
está a transformar-se num rapazinho. E isso deixa-me tão orgulhosa, mas tão
orgulhosa e tão imensamente feliz. Vê-lo crescer e evoluir dia após dia é o melhor
que a vida me dá. Tenho amigas que ficam cheias de pena quando os filhos
crescem e deixam de ser bebés, que ficam cheias de saudades do cheirinho a
bebés, conheço mães de filhos adultos que ainda hoje se perguntam porquê que os
filhos crescem e se transformam em homens independentes com as suas próprias
famílias.
Eu penso precisamente
o contrário, quero que o meu filho, cresça, evolua e se transforme num
rapazinho, depois num rapagão, depois num adolescente borbulhento (prescindo a
parte das borbulhas, mas antes isso do que problemas existenciais) depois num
jovem homem lindo de morrer e finalmente num homem, chefe de família ou não,
com mulher e filhos, ou não, presidente de uma multinacional, banqueiro ou electricista,
tanto faz. As únicas variantes, que lhe ensinarei a não prescindir é a
felicidade e o amor. Assistir ao seu crescimento é a única forma que eu tenho de
participar na sua evolução, é a única maneira de lhe passar todos os
ensinamentos, de o ajudar a encaminhar-se
na vida, de lhe ensinar a essência da nossa existência e especialmente,
de o amparar quando o seu anjo da guarda adormecer e abrir as mãos.
Esta noite o meu Di teve o seu primeiro acto de
independência. Pediu-me para adormecer na sua caminha. Acho que tinha tanto
calor que não conseguia adormecer coladinho a mim, como sempre o fez desde que nasceu.
Deitei-o na sua cama e apaguei a luz. Deitei-me na minha cama e fechei os
olhos. Senti-lhe a falta, os seus bracinhos rechonchudos não estavam a
rodearem-me o pescoço. Pouco tempo depois chamou-me “Mãe.”
-“Sim filho.”
- “Ah Di, mãe. – Disse-me pondo-se de pé em cima da cama e
esticou-me os braços.
Depressa
terminou o The Fourth of July do
meu Di.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
35
Quando tinha 25 os 35 estavam longe, muito longe. Pensei que,
quando aqui chegasse teria a minha vida toda resolvida, todos os sonhos concretizados
e seria só e apenas vivê-los e viver a vida. Quando tinha 15 olhava a mãe da
minha amiga S, acabada de ficar viúva e achava-a uma senhora de idade avançada
e doida porque arranjara um namorado. “Como podia ser, já tinha idade para ter
juízo” – pensava altaneira.
Hoje, com 35 tenho a cabeça cheia de sonhos, por
concretizar, cada vez mais. Hoje, com 35 sinto vontade de namorar, de ser amada
e amar. Conto cada minuto até que ele, o meu amor, regresse, para mais um
fim-de-semana, antes de partir novamente. Hoje, com 35 acho-me gira, elegante,
atraente e até acho que no conjunto sou uma estampa. Esta manhã, com 35 anos
olhei-me no espelho e vi as primeiras rugas em torno dos olhos, (mas tenho que
olhar melhor, porque estava ensonada e não devo ter visto bem. Assim o espero!),
mas também olhei nos olhos de uma mulher feliz, apaixonada por ele e pela vida
que partilhamos, cheia de sonhos por concretizar, alguns concretizados e outros
tantos esquecidos. Olhei nos olhos de uma mulher que só conhece um caminho, em
frente, umas vezes a alta velocidade e outras um pouco mais devagar. Vi uma
filha amada e que ama incondicionalmente a família E vi uma mãe fantástica, a
melhor de todas as que já conheci.
Mas, hoje com 35 anos aprendi a maior lição que a vida me
deu. Nada de novo para mim, nada que já não soubesse, nada que já não tivesse
vivenciado, mas hoje, com 35 anos Deus quis relembrar-me da essência da vida. Tudo,
mas mesmo tudo o que damos, (sem excepções), um dia mais cedo ou mais tarde
receberemos de volta. E hoje recebi uma valente bofetada, que a vida se
encarregou de me dar.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
A nossa casa...
... transformou-se num acampamento de ciganos. Esta noite rumámos os três direitinhos à sala em busca de um local mais fresco para
podermos descansar, já que a noite passada não pregámos olho e quase que
assámos no forno em que se transformou o nosso quarto. Janelas abertas de par
em par, para deixar o ar circular (e eu cheiinha de medo, que um qualquer
gatuno se lembrasse de escalar até ao sexto andar e entrar-me para dentro de
casa e na melhor das hipóteses levar-me apenas os pertences), colcha edredão
fofinha estendida por cima do tapete da sala, com um lençol de algodão branquinho
a sobrepor. Assim que apanhei o meu Sr. Di a dormir, peguei-lhe e levei-o para
a sala onde corria uma brisa amena, bem diferente do bafo do nosso quarto, onde
não passa uma corrente de ar. Rezei a todos os anjinhos para que o meu Di não
acordasse, quando se deu um enorme chavascal na rua. Eram os camiões do lixo a
descarregar os contentores. Felizmente os anjinhos ouviram as minhas preces e o
meu Di murmurou qualquer coisa, mas voltou a adormecer instantaneamente, aliás
acho que não chegou a acordar! Se ele acordasse acabava-se logo ali a minha
noite amena e tranquila, teria de regressar ao forno, porque para o meu Di, a
sala não é local para dormir, ora essa! Estão todos malucos ou quê?! Cama,
caminha com eles, com 40.º graus de temperatura como companhia, que foi o que
nos aconteceu na noite passada.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Bom dia, bom dia, bom dia alegria
Adoro estas noites quentes com cheiro de verão. Estas noites que abrimos as janelas de par em par e que adormecemos com a lua como companheira, mesmo ali ao nosso lado. Adoro estas manhãs em que acordo com o chilrear dos pássaros no parapeito da nossa janela como que a desejar-nos bom dia. Adoro estas manhãs em que me levanto mal o sol nasce e que ainda ensonada me meto debaixo de um duche morno, quase frio, e desperto para mais um dia cheio de alegria e de boa disposição. Adoro estes dias em que não tenho mãos a medir para uma agenda cheia de compromissos. Adoro estes dias em que antevejo um fim-de-semana para lá de fantástico na companhia deles, os meus grandes amores e dela, a minha adorada família.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
What you resist, persists...
Mais uma vez a vida ensinou-me que nem sempre vale a pena
lutar, que nem sempre vale a pena resistir, que nem sempre vale a pena
persistir, que um dia tudo se encaixa no devido lugar, que a nossa mente, Deus
ou o Universo (depende da crença de cada um) se encarrega de encarrilhar de
novo os carris da nossa existência nesta enorme locomotiva que se chama vida.
Só precisamos de acreditar muito nesta lei universal, nesta energia vibrante
que tudo transforma e para a qual tudo é possível, basta crer.
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