... está a crescer, deixou de ser um bebé,
está a transformar-se num rapazinho. E isso deixa-me tão orgulhosa, mas tão
orgulhosa e tão imensamente feliz. Vê-lo crescer e evoluir dia após dia é o melhor
que a vida me dá. Tenho amigas que ficam cheias de pena quando os filhos
crescem e deixam de ser bebés, que ficam cheias de saudades do cheirinho a
bebés, conheço mães de filhos adultos que ainda hoje se perguntam porquê que os
filhos crescem e se transformam em homens independentes com as suas próprias
famílias.
Eu penso precisamente
o contrário, quero que o meu filho, cresça, evolua e se transforme num
rapazinho, depois num rapagão, depois num adolescente borbulhento (prescindo a
parte das borbulhas, mas antes isso do que problemas existenciais) depois num
jovem homem lindo de morrer e finalmente num homem, chefe de família ou não,
com mulher e filhos, ou não, presidente de uma multinacional, banqueiro ou electricista,
tanto faz. As únicas variantes, que lhe ensinarei a não prescindir é a
felicidade e o amor. Assistir ao seu crescimento é a única forma que eu tenho de
participar na sua evolução, é a única maneira de lhe passar todos os
ensinamentos, de o ajudar a encaminhar-se
na vida, de lhe ensinar a essência da nossa existência e especialmente,
de o amparar quando o seu anjo da guarda adormecer e abrir as mãos.
Esta noite o meu Di teve o seu primeiro acto de
independência. Pediu-me para adormecer na sua caminha. Acho que tinha tanto
calor que não conseguia adormecer coladinho a mim, como sempre o fez desde que nasceu.
Deitei-o na sua cama e apaguei a luz. Deitei-me na minha cama e fechei os
olhos. Senti-lhe a falta, os seus bracinhos rechonchudos não estavam a
rodearem-me o pescoço. Pouco tempo depois chamou-me “Mãe.”
-“Sim filho.”
- “Ah Di, mãe. – Disse-me pondo-se de pé em cima da cama e
esticou-me os braços.
Depressa
terminou o The Fourth of July do
meu Di.
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