Custa-me
a crer que ainda existam pessoas que não percebem a essência da vida. Que com
mais de meio século em cima do lombo, e toda uma vivência de experiências
negativas, umas atrás das outras, como que em competição pelo prémio da “maior
desgraça”, ainda não tenham percebido a causa de todo esse negativismo.
Encaro a vida como um boomerang, o que enviamos para o universo, mais cedo ou
mais tarde é-nos devolvido na mesma moeda. Já diz o provérbio: ” Não desejes
aos outros o que não gostarias para ti”
Até há pouco tempo transtornava-me, saía
fora de mim, quando sentia a maldade e a inveja alheia, mesmo que não fosse eu
ou os meus os alvos de tais sentimentos. Depois passei a sentir indiferença,
hoje sinto uma enorme compaixão por essas pessoas que andam perdidas pela vida
sem saber ao que vêm, porque estão aqui! Muitas vezes dou por mim a pensar no
que sentirá esta gente, meu Deus! O que pensarão sobre esta oportunidade que
lhes foi dada e que desperdiçam dia após dia com mediocridades e merdices. Tenho
para mim que sentem, acima de tudo, tristeza, muita tristeza entre alguns
momentos fugazes de felicidade quando também, partilham tristezas. “Não somos
os únicos!” Ou “bem feito!”
Contudo, o que verdadeiramente me preocupa é o convívio
do meu filho com estas pessoas. Tenho medo que absorva esta infelicidade
alheia, tenho medo que este negativismo seja mais forte do que todo o meu
optimismo e do que todos os meus ensinamentos. Não existiria maior dor do que
ver o meu Di caminhar à deriva pela vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário