Cometi
a maior gafe da minha vida. Que vergonhaaaaaa!! Aiiiiiiii!
Como
todas as segundas-feiras fui à natação. Tudo aconteceu quando fui lavar os
chinelos já depois de ter feito a aula, tomado banho e vestir-me. Quando saí da
zona do vestuário e entrei na zona dos banhos vejo um rapaz com uns 16 ou 17
anos a rir e a olhar para dentro de um dos chuveiros privados enquanto
conversava com alguém que tomava banho, supostamente uma rapariga. – “Ups, ali
há gato!” – Pensei, como a Xana Toc, Toc. (Esta parte da Xana Toc, Toc, só o
meu filho entenderá.) Adiante, quando vi aquele rapaz, fiz marcha atrás e fui
até à recepção, onde encontrei o nadador salvador não sei a fazer o quê, e
disse alto e em bom som: “Está um rapaz no balneário feminino!”
Silêncio
sepulcral. Todos se calaram.
- O
quê? - Disse o nadador incrédulo.
-
Está um rapaz dentro do balneário feminino – repeti.
Comecei
a ouvir um burburinho seguido de risinhos dos colegas de turma do rapaz que
ficaram contentinhos com a ideia de um escândalo.
-
Mas como é que isso é possível? – Disse o nadador sem saber o que fazer.
-
Não sei. – Respondi.
- Não
é um rapaz é uma rapariga – disse uma rapariga sentada num dos bancos da
Recepção no meio dos colegas de turma.
-
Como, uma rapariga? – Perguntei atónita.
-
Sim é a minha colega Andreia, mas eu vou confirmar. – Levantou-se e dirigiu-se
ao balneário reservado às escolas.
Cinco
segundos depois, saiu e disse. – “Sim, é a minha colega Andreia.”
-
“Ahhhh, ok então é mesmo uma menina!” – Respondi-lhe envergonhada.
Com
o queixo colado ao peito, rodei os calcanhares e escondi-me no balneário oposto
ao da Andreia deixando para trás o som das gargalhadas estridentes dos seus colegas
de turma.
–“Ahhhhh
um rapaz!” – Diziam enquanto se agarravam à barriga com dor de tanto rir.
Enquanto
acabava de me arranjar rezei para que quando saísse não me encontrasse com a
Andreia. Apesar de lhe dever um pedido de desculpas não teria coragem para a
enfrentar. Talvez a reencontre na quarta-feira.
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