Chovia
a potes. Fomos à farmácia. Não queria entrar. Birra. Obriguei-o. Birra. Viu um
sofá em miniatura. Sentou-se. Riu. Passou a birra.
Saímos
da farmácia. Chovia a potes. Não queria atravessar a estrada. Peguei-lhe na
mão. Birra. Atirou-se para o chão encharcado a milímetros de uma enorme poça de
água suja pejada de óleo. Peguei-o ao colo. Esperneou. Esbracejou. Gritou.
Birraaaaaaaaaaa. Os medicamentos saltaram para fora do saco. Fiquei com o saco vazio na mão. E a birra continua. Onde foram parar os medicamentos?
Debaixo do carro. “Batatas e cenouras! Hoje estás levado da breca.” – Pensei.
Filho tentou fugir e atravessar a estrada. Apanhei-o. Tentei sentá-lo na cadeira.
Não deixou. Entesou. Levo 5 minutos para o convencer a sentar-se. Sentei-o. Entrei
no carro. Chegei o carro à frente. Saí do carro. Chovia a cântaros. Apanhei os medicamentos encharcados. Entrei no
carro. Também eu fiquei encharcada até ao tutano dos ossos mais reconditos do meu esqueleto.
-
Mãe né. (tradução: Mãe música).
-
Não, estás de castigo!
Birra da mãe.
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