terça-feira, 7 de setembro de 2010

Acredito na medicina em Portugal. Até então tenho tido maioritariamente boas experiências. Graças à competência de alguns profissionais o meu pai viu-se livre de um cancro no pulmão, a minha mãe tem a coluna de uma miúda de 20 anos e toda a nossa família já se viu livre de uma miopia desgraçada que não nos deixava enxergar um palmo à frente dos olhos, qual nevoeiro cerrado.

Contudo choca-me o tratamento frio e rude de alguns médicos que no alto da sua lastimosa e ignorante prepotência nos tratam como se de um motor com a bobinagem queimada nos tratássemos e cujo diagnóstico é a rebobinagem do mesmo. Eu que me deixo facilmente dominar pelos sentimentos, faz-me espécie gente cujo coeficiente emocional fica muito aquém das expectativas dando lugar apenas à razão a tiracolo da petulância e da rudeza. A esta gente falta-lhes a sensibilidade, a afabilidade, a cortesia entre tantas outras qualidades. E não é por uma questão de impaciência ou de cansaço. E mais do que uma questão de carácter ou de falta profissionalismo é uma questão de formação e de falta de amor ao próximo.

O coeficiente emocional é sem dúvida um ponto a melhorar para muitos dos profissionais de saúde do nosso país que são sem dúvida excelentes técnicos com um faro apuradíssimo para maleitas insuspeitas e difíceis de detectar, mas tenho para mim que na sua formação falta-lhes a cadeira da compaixão e do amor.

1 comentário:

  1. Abençoada operação!!! Só aí viste como sou belo e és uma mulher cheia de sorte :)

    beijinhos....

    ResponderEliminar