terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Novas escravas

Faz-me confusão as mulheres que não têm, ou pelo menos não expressão a sua opinião acutilante e frontal sobre qualquer assunto, seja ele qual for. Que acatam as decisões tomadas pelos maridos, namorados e outros que tais, sem contestações, contradições ou oposições.
Faz-me confusão a constante e incansável disponibilidade feminina sensaborona sempre pronta a executar mais uma tarefa, a ceder mais uma, e mais outra e mais outras tantas vezes. Faz-me confusão que mulheres da minha geração, inteligentes, divertidas, incisivas e determinadas, admitam que lhes dêem ordens e lhes imponham autoridade sob o seu próprio domínio.
Faz-me confusão que mulheres financeiramente independentes e profissionalmente determinadas se escravizem pelo amor de alguém que provavelmente não as ama!
Faz-me confusão que esta geração de mulheres autónomas e independentes não se valorize e se sinta coagida pelos dois dígitos que compõem a sua idade ao ponto de implorarem por um amor falsificado e intrujão.
Conheço alguns casos destas novas escravas sensaboronas e fastidiosas com um toque de odaliscas sempre prontas a satisfazer os desejos e vontades do seu amo e senhor e tenho para mim que quando acordarem deste estado de entorpecimento se revoltarão contra estes lordes opressivos, chantagistas e oportunista.
Já as estou a ver de mala às costas, à porta da rua, com o indicador a apontar para os opressores enquanto vociferam o grito do Ipiranga tal e qual o nosso D. Pedro um dia também vociferou. -"INDEPENDÊNCIA OU MORTE, SEU VERME!"

Nota: A parte do verme é da minha autoria.

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