quarta-feira, 16 de junho de 2010

Confesso que...

... estou deveras impressionada com o meu recém-dote, que em hipótese alguma, julguei um dia vir a possuir. Tornei-me numa verdadeira Ás do volante, qual Michael Schumacher numa versão feminina e morena! Aliás, bem vistas as coisas, estou para o volante como o Pelé esteve para o futebol. Vá, pronto está bem, não vou exagerar! Ainda não o trato por tu, mas estou convicta, que lá chegarei!
Para quem não sabe, tenho um historial um pouco sombrio com este objecto veloz de quatro rodas! Confesso que não sou lá grande coisa a lidar com veículos motorizados. Prefiro mil vezes uma boa BMX! Sou considerada, por muitos, e especialmente pelo meu mais-que-tudo, aquilo a que em bom português se chama de maçarica.
Obviamente, que eu não vejo as coisas por esse prisma, porque com pouco transito ou se possível sem qualquer vestígio dele, para não me atormentar e essencialmente desde que não seja dentro da cidade de Lisboa, mais especificamente, na rotunda do Marquês de Pombal, eu até me safo muito bem!
Imaginem que aos vinte anos tive de ser obrigada, pelos meus pais, a tirar a carta de condução. Passei logo à primeira tanto no código como na condução, pois está claro, (nesta ultima não sei como aconteceu, suponho que por milagre!) e como prémio pela enorme proeza, (e para meu pavor!), recebi um Jipe cinza metalizado, (no qual só peguei um ano depois, que foi quando consegui ganhar coragem) que ao longo da nossa vida conjunta passou a parecer-se com o arco-íris apetrechado de diversas cores que eu não sabia explicar ao meu pai de onde vinham. Talvez alguém me tivesse batido a estacionar, não sei! – Respondia-lhe eu ao seu questionário exacerbado. Contudo, devo dizer que me irritava bastante ter que afastar aqueles imbecis que estacionavam em frente da porta da minha garagem. Era uma maçada, a minha roupa ficava impregnada com o cheiro do pneu queimado que derrapava enquanto os punha nos seus devidos lugares. Ups, acho que já falei demais!
Ok, admito que não fui feita para chauffeur e se tivesse de viver como motorista da Carris, morreria de fome, contudo ultimamente até que não me tenho saído nada mal. Com a minha mãe a fazer de GPS – Agora viras na próxima à direita, depois na 2.ª à esquerda, cuidado com o buraco. –, lá engrenei finalmente nesta coisa da condução. Quando nos apetece lá vamos as duas, no meu boguinhas, às compras por essa capital afora. Elas são El Corte Inglês, elas são Loja das Meias, elas são Colombo, elas são Amoreiras, ninguém nos pára! O pior é quando o GPS se avaria e vamos parar à Buraca ao invés do El Corte Inglês.

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