quarta-feira, 26 de junho de 2013


Até à data ainda só tinha deixado um livro a meio. Tentei lê-lo vezes sem conta, esforcei-me, levei com o dito na cara, cada vez que adormeci com ele nas mãos, (e pesado que ele era!), tentei várias vezes iniciar a leitura na primeira página na esperança que alguma palavra anteriormente despercebida me estimulasse naquela luta, mas não CON-SE-GUI. Desisti e encostei-o na prateleira. Anos mais tarde voltei a pegar-lhe e voltei a encosta-lo à box. Penso até, que o dei a alguém.
Nunca mais me tinha acontecido nada parecido, esforcei-me sempre por acabar a leitura de todos os livros que iniciei, mesmo aqueles que não me despertavam muito interesse. Era incapaz não terminar um livro, sentia como que um peso na consciência, algo pendente que urgia um fim, mas infelizmente voltou-me a acontecer. É verdade, andei durante dois meses a tentar ler um livro e não consegui sair do meio. Desisti, porque a minha mente também mudou. Não tenho tempo para perder com coisas de que não gosto e por isso parti para outro. Um outro que andava para ler há muito tempo, da minha adorada Isabel Allende que nunca, nunca me deixa mal.
O Perfume nunca mais o vi e o outro, cujo título nem sequer consegui memorizar, fica muitíssimo bem na prateleira do fundo.

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