terça-feira, 4 de junho de 2013

PIB


Tenho para mim que o crescimento ou o decréscimo do PIB está intrinsecamente correlacionado com a dentadura de uma nação. Nunca vi tanto desdentado nem nunca senti tanto mau hálito como actualmente. Irra, courgettes e cenouras, logo eu que tenho um olfacto tão apurado que mais pareço um cão de caça. E sensível? Ninguém imagina o quanto eu sou sensível aos maus cheiros.
Quando passeio pela rua ou quando falo com alguém o primeiro pormenor que me salta à vista é o cuidado com a boca e infelizmente, desde que se instalou a crise parece que vejo cada vez mais pessoas com o teclado todo lixado.
Não existe nada que mais me agrade noutra pessoa e em mim própria do que uma boca sã, de hálito fresco, sem crateras, sujidades, tártaros, cáries e outras porcarias do género. Admito que alguém seja marreco, careca, coxo, perneta, vesgo, pode até ter as sete camadas de pele cheiinhas de celulite e as maminhas descaídas, desde que tenha o teclado intacto e limpinho por mim já ganhou pontos.
Sei que uma ida ao dentista é o mesmo preço que um vestido na Sacoor, sei que o tratamento de uma cárie fica ao preço de uma mala na Furla e que um implante é o preço de um porta-chaves na Hermès, mas não valerá mais a pena ter um aspecto digno e saudável do que todos esses apetrechos? A boca é o primeiro veículo de entrada do nosso corpo e é também o nosso cartão de apresentação, por isso não compreendo quem injecta quilos de botox no rosto, ou quem mete implantes para as maminhas ficarem empinadas e não põe um implante no lugar da cratera que têm no meio da dentadura.
Há que saber definir prioridades senhores, e que tal começar pela prevenção? A pasta dos dentes, o elixir e o fio dental não são assim tão caros e o Dr. OZ defende a tese que o uso do fio dental aumenta a esperança média de vida do seu usuário em sete anos.  
E mais, tenho a dizer que o meu Di começou a lavar o dente (só tinha um) com quatro meses!

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