quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Aiiii as birras do Sr. Di meu filho, o rapaz pequeno.


Tudo começou porque queria a moeda de plástico que enfiei no carrinho do continente. Queria porque queria aquela e não a outra, exactamente igual, que lhe dei para a mão e que ele fez o favor de atirar fora.
Ele gritou, ele esbracejou, ele mordeu-me, ele puxou-me o cabelo, ele bateu-me, ele cuspiu no chão, ele… ele… Durante mais de meia hora, o tempo em que estive no supermercado, o rapaz pequeno portou-se deploravelmente. Eu com uma calma do caraças, a tentar fazê-lo entender que aquela moeda era igual à outra e até pedi a uma senhora para me emprestar o carro dela a fim de utilizar a “Chave” para tirar a moeda do meu e dar-lha.
 Não quis, passou a querer a moeda do carro da senhora e eu com uma grande pachorra a achar aquilo tudo aquilo muito irrisório. “Di olha que a mamã castiga-te.” “Di, fala baixinho e não mordas na mãe.” “Pronto, já passou meu bebé pequenino, vamos fazer as pazes, desculpa a mãe vai dar a moeda”- abraçava-o. “Pede desculpa à mãe.”
Nada o calava. Irra que está com o diabo no corpo, o raça do miúdo pequeno – pensei olhando-o boquiaberta. 
Terminei as compras à pressa, cheia de nervos e envergonhada. Paguei e vi-me embora. Azar dos azares, fui passar mesmo ao lado do parque insuflável que existe no meio do centro comercial a caminho do estacionamento.
Ainda não se tinha calado e já estava com os decibéis de novo lás nos píncaros a apontar para o parque. 
Pensei, é agora a minha oportunidade de dar uma licção a este pequeno patife, que me azucrinou a paciência desde que aqui entrámos!
- Gostavas de ir ao parque, filho? – Perguntei-lhe sorrateira.
- Tim, mamã, ah pá – disse calando-se de repente do choro.
- Pois querido, mas só os meninos que não fazem birras, que não batem na mamã, que não cospem, que não puxam os cabelos à mamã é que vão ao parque. Os que se portam mal não vão.
- Ahhhhhhhh – nova e estridente choradeira.
Não quero nem saber, podes chorar, assim como assim, ainda não te calas-te e não mereces que te dê esse miminho – pensei e não abri mais a boca. Ele por sua vez não se calou até chegar a casa.
Os castigos são para serem cumpridos!
Ainda assim, não te dou, não te troco, não te empresto. ♥

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