quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Toma lá que é para aprenderes!

Sou paciente. Pois sou. Já fui bem menos. Pois fui! A maternidade trouxe-me essa qualidade, além de muitas outras. Mas até uma santa se cansa. Pois cansa!
Não gosto de ser ríspida, não gosto do confronto, não gosto dos que se escondem atrás da frontalidade para maltratar e rebaixar, não gosto de ser desagradável. Sou educada e trato o próximo como gostaria que me tratasse. Tento demonstrar através dos meus atos o tratamento que gosto e que quero para mim.
Mas caramba, existem pessoas que extrapolam tudo o que é permitido, ultrapassam todos os limites permitidos e eu, que não gosto de ser mal-educada, aliás não consigo ser de outra forma, não me sai naturalmente uma má resposta, tenho de fazer um esforço ínfimo para chamar o outro à atenção, vou aguentando com um sorriso amarelo e com palavras amáveis tento demonstrar o meu incómodo.
Bom adiante, desde que o meu rapaz pequeno nasceu que uma dita senhora, assim como alguns empregados do restaurante que frequento com bastante assiduidade massacravam o miúdo, diria mesmo que o torturavam. Contrariavam-no, tiravam-lhe os brinquedos, escondiam-lhe o gelado, faziam-lhe cócegas. Resumindo, o miúdo não podia estar sossegado a jantar que havia sempre uma alminha que se metia com ele para o arreliar. A ELE E A MIM!, que detesto esses comportamentos. Era um regabofe do caneco. Eu e o meu Di e a minha família éramos os palhaços e eles a audiência. O menino tinha pesadelos, ficava endiabrado e super enervado, tinha dificuldade em adormecer, enfim só contras, que me punham a pensar seriamente em deixar de frequentar tal restaurante.
Depois de mais um jantar em que comi nervos ao invés da posta de pescada com brócolos que tinha do prato, no dia seguinte a dita senhora teve a lata de me preguntar com um risinho malicioso se o “puto teve pesadelos?”.
 Pois bem, eu avisei-a de todas as maneiras delicadas e mais algumas, ela não quis saber, achava-se superior, preferia continuar a despejar a inveja e a maldade que sente em cima do meu filho, então catrapumba, aqui vou eu. E FUI! Com tudo!
Já não me lembro o que lhe disse, mas tenho a certeza que não fui mal-educada, fui digamos frontal (como ela se gaba de ser!), direta e não lhe falei com a gentileza do costume, fui áspera. Ela mudou duas vezes de cor, como se tivesse bebido duas garrafas de vinho, mesmo antes de almoçar, revirou os olhos, sentiu-se envergonhada por eu, alguém inferior à sua pessoa, tê-la metido no lugar que ela merecia. 

Custou-me tanto, mas sortiu efeito. Fala-me mal, só o estritamente necessário, (afinal só gosta de frontalidade quando é ela a frontal!), mas também não me faz falta que me fale bem, quero lá saber, e o melhor de tudo é que serviu de exemplo para todos os outros que também abusavam. Agora já podemos jantar descansados. YESSSS. (puxei o braço atrás.)J

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