terça-feira, 7 de maio de 2013

Fim-de-semana prolongado...


... desta vez mudámos as coordenadas do GPS e rumámos para o norte direitinhos à Beira Baixa, terra muito parecida com o meu Alto Alentejo, não estivessem estas duas regiões coladinhas uma na outra. Ainda assim prefiro o Alentejo do meu coração, não pelo sítio, que como já disse é bastante parecido, mas pelas pessoas, uma parte da gente mais importante da minha vida, uma família que adoptei como minha mal nasci, o melhor presente que os meus pais me ofereceram, há muito que assentou arraias numa das aldeias mais bonitas e acolhedoras do Alentejo, Flôr-da- Rosa, uma aldeia perto do conhecido Crato e de Alter-do-Chão. É pequenina em área, mas é grande nas pessoas e é maior ainda o amor que lhes tenho.
Adiante, o meu miúdo adorou apanhar formigas e toda a bicharada existente no campo. Nunca pensei ter que tocar em formigas, quanto mais andar a apanhá-las durante horas! Ainda por cima, eram gigantes! O pai também adorou, matou as saudades e recordou todos os momentos da infância. Queria que o nosso Di em três dias experienciasse tudo o que ele viveu. Amor, o nosso filho só tem dois anos! – Tive de o chamar à razão, quando quis que o rapaz pequeno andasse numa bicicleta do dobro do tamanho dele. Ok, já deu para perceber que eu sou a Sra. Lei lá de casa, basicamente sou a única que tenho juízo. Quanto a mim, correu melhor do que esperava, como sempre gostei de estarmos juntos, eu e os meus dois amores, desde que estejamos os três tudo faz sentido.
Visitámos Monsanto, a aldeia mais portuguesa do nosso querido Portugal, dizem os entendidos. Apesar de não compreender porquê, acho a dita aldeia realmente linda com uma paisagem de cortar a respiração, apetrechada de casinhas construídas em pedra, as típicas casas da Beira Baixa, para não falar das que estão construídas dentro daqueles pedregulhos, que provavelmente devem atingir temperaturas negativas no inverno, caso não tenham um bom aquecimento. Entrei dentro de uma e enregelou-se-me o corpo. Havia a festa mediável, com os protagonistas vestidos a rigor, barraquinhas de venda de produtos artesanais, danças e músicas medievais. Mas do que mais gostei foi ver o meu Di passear por aquelas ruelas de subidas a pique e descidas ingremes, de mãos enfiadas nos bolsos na sua postura máscula de homenzinho pequenino. Quando era a descer o meu coração parava, só de pensar em dentes partidos, nariz, mãos e joelhos esfolados, caso o meu valentão tropeçasse e caísse. O raça do miúdo acha-se muito crescido e nunca quer dar a mão! De vez em quando quebrava e pedia “pólo mãe”. (tradução: colo mãe) Ai este meu rapaz pequeno, este meu grande amor que  não me cabe no peito. ♥
Não de dou, não te troco, não te empresto.

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