segunda-feira, 13 de maio de 2013

Não percebo nada de futebol e nem quero perceber, ponto final parágrafo!


Nunca gostei de futebol. Em miúda era a pior jogadora da turma. Aquando a aula de educação física tinha um azar do caneco, a maioria das aulas eram passadas a jogar futebol. Canecos, como aquilo me irritava! Com tanto desporto para praticar, porque diabos haveria de ser sempre futebol?! O-DI-A-VA!!! 
Resumindo, fingia que jogava e isso tornava-me num empecilho, numa persona non grata, em campo para ambas as equipas. Evitei muitos golos da minha própria equipa por me posicionar mesmo de frente ao jogador que detinha o esférico (ouvi esta do esférico aqui há tempos quando meu homem estava a ver uns debates futebolísticos, achei tão pirosa que não resisti utilizá-la!). Pior do que me sentir uma inútil em campo e das boladas sofridas, era a incompreensão e a crueldade com que os meus colegas, especialmente as minhas melhores amigas me tratavam. Sim, menina Sónia e menina Marlene, esta é para vocês. Na escolha das equipas, não existia viva alma que me quisesse para jogadora! (tenho a impressão que as mortas também não!) Eu e mais duas comparsas de conversas em campo, (acreditem que não existe melhor sitio para falar sobre, roupas, filmes, musica, sapatos, rapazes e outros temas do universo feminino do que um belo relvado, ali era mais um belo espaço de terra batida, enfim), ficávamos sempre para o fim da escolha, ou seja éramos as sobras, e quem tinha a sorte de nos receber, fazia uma cara de repúdio que me deixaram traumatizada até hoje. Houvera até quem perguntasse se eu não preferia ficar para árbitra ou para massagista! Por isso assumo aqui em público que fui vítima de bullying e que ainda hoje sofro as consequências dessa má sorte.
Agora a sério, era e continuo a ser uma péssima jogadora, detesto jogar futebol e detestava mais ainda estar debaixo de sol a correr que nem uma desalmada atrás de uma bola, para no final ficar cheia de alergia. Eu e o sol nunca nos demos muito bem, apesar de adorar estes dias solarengos. Contudo, sempre fui simpatizante do Sporting, tudo por causa do meu querido padrinho que adorava o seu querido Sporting. Quando me perguntavam qual a minha equipa, eu despachava a malta com um “Sou do Sporting, como o meu padrinho”, e não dava largas a mais conversas. Porém há uns anos que apanhei um pó ao Sporting, que já dei por mim a desejar que perdesse toda e qualquer competição. O meu homem é Sportinguista, é até um adepto bastante ponderado e caso o Sporting mereça perder ele é o primeiro a dizê-lo, (acho que aprendeu este comportamento com o meu pai, que sempre teve uma maneira muito peculiar de ver futebol), portante este meu desapego ao sporting, não se deve a nenhum trauma da nossa vida conjunta, quem dera ao Sporting que todos os adeptos fossem iguais a ele, mas infelizmente não são todos assim, pelo menos alguns que eu conheço. Corrijo, não são os adeptos do Sporting que são facciosos e estúpidos são os anti-benfiquistas que utilizam o Sporting como subterfúgio! Aqueles que preferem que o Sporting perca a que o Benfica ganhe, os maus desportistas, os tristes, os invejosos, os de mal com a vida. Preferir prejudicar-se a ver os outros darem-se bem na vida creio que é uma forma doentia e fanática de viver. Contudo, pior do que esta má índole, pior do que este mal querer é não perceberem o mal que isso acarreta para as suas vidas. Porém, esse é um tema que dava pano para mangas e o que eu quero mesmo dizer é que, e com muita pena de desiludir o meu padrinho, lá onde quer que ele esteja, mudei de clube. Não consigo resistir, é mais forte do que eu, e sim, este fim-de-semana joguei uma grande futebolada, e até gostei. Eu e o meu Di formámos a equipa que venceu o campeonato de, só para a nossa família, que teve lugar no nosso lugar de eleição. Tenho para mim que o meu filho está para o revelado como o John Travolta para a pista de dança.
Viva o Braga, vivaaaaa!

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