terça-feira, 1 de outubro de 2013

A minha amiga Déborah.

A vida tem destas boas surpresas. Quando parece que o dia vai descambar, o universo encarrega-se de nos compensar com algo de bom. E a surpresa não podia ter sido melhor. Encontrei uma amiga muito querida, que há muito procurava, a minha amiga Déborah. Pensava nela muitas vezes, lembrava-me dos bons momentos que partilhámos, da sua alegria contagiante, da sua forma optimista de encarar a vida. Foi a primeira pessoa, que conheci, que enfrentava cada obstáculo, que é como quem diz, um teste de matemática, com optimismo exacerbado e sempre com um sorriso. O mesmo sorriso que lhe permanecia nos lábios durante todo o dia. Lembro-me das” baldas” (esta parte o meu Di nunca saberá) que dávamos, ela a matemática e eu a história, para irmos jogar snooker no café e lembro-me que com apenas quinze anos a minha amiga já ser um mulherão de fazer parar o trânsito. Era absolutamente linda.
Esta amizade com a minha amiga Déborah foi o início de uma mudança na minha forma de ser e de estar. Na altura achava-a uma miúda diferente de todas as outras, que eu já conhecera e que me fazia sentir nas nuvens. Hoje compreendo que essa diferença era a felicidade que emanava e a sua forma de estar de bem com a vida. Era feliz porque recusava-se a ser infeliz. Acho que não o fazia por saber de leis universais e outros temas actuais, fazia-o porque não sabia ser de outra forma. A felicidade era-lhe algo inato. Quando a conheci passei a compreender que afinal a minha mãe tinha razão, que afinal os dias são pintados de muitas cores.
Acredito que nada nem ninguém aparece na nossa vida por acaso ou por coincidência e se existiu um motivo forte para ter conhecido a Déborah no colégio, hoje passados vinte anos também existe um motivo forte para nos termos reencontrado e eu acredito que uma amizade como a nossa jamais se esquece. Eu nunca a esqueci.


Sem comentários:

Enviar um comentário