quinta-feira, 7 de março de 2013

Ele há dias em que o meu rapaz pequeno me tira completamente do sério.

Chovia a potes. Fomos à farmácia. Não queria entrar. Birra. Obriguei-o. Birra. Viu um sofá em miniatura. Sentou-se. Riu. Passou a birra.
Saímos da farmácia. Chovia a potes. Não queria atravessar a estrada. Peguei-lhe na mão. Birra. Atirou-se para o chão encharcado a milímetros de uma enorme poça de água suja pejada de óleo. Peguei-o ao colo. Esperneou. Esbracejou. Gritou. Birraaaaaaaaaaa. Os medicamentos saltaram para fora do saco. Fiquei com o saco vazio na mão. E a birra continua. Onde foram parar os medicamentos? Debaixo do carro. “Batatas e cenouras! Hoje estás levado da breca.” – Pensei. Filho tentou fugir e atravessar a estrada. Apanhei-o. Tentei sentá-lo na cadeira. Não deixou. Entesou. Levo 5 minutos para o convencer a sentar-se. Sentei-o. Entrei no carro. Chegei o carro à frente. Saí do carro. Chovia a cântaros. Apanhei os medicamentos encharcados. Entrei no carro. Também eu fiquei  encharcada até ao tutano dos ossos mais reconditos do meu esqueleto. 
- Mãe né. (tradução: Mãe música).
- Não, estás de castigo!
Birra da mãe.

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